Comece o ano cuidando da sua audição

Vanessa Moraes

Vanessa Moraes

Fonoaudióloga e audiologista Vanessa Moraes

Comece o ano cuidando da sua audição

Mesmo a perda auditiva tendo seu desenvolvimento lento e silencioso, seus “estragos” no dia a dia do deficiente como também de sua família são enormes e algumas vezes irreparáveis se não reabilitados precocemente.

Assim, quanto mais rápido o diagnóstico acontecer, melhor serão as condições de tratamento.

Nos recém-nascidos a perda auditiva não tratada pode desencadear a falta do desenvolvimento da fala, atraso de fala, e com isso diversos transtornos psico-sociais envolvidos. Teste da Orelhinha, Emissões Otoacústicas e Bera são alguns dos exames que podem ser solicitados pelo médico.

Em pré-escolares, infecções nos ouvidos, presença de cera nos ouvidos podem rebaixar a audição, levando a dificuldades de aprendizagem, pois há diminuição do rendimento escolar, podendo levar a criança a sofrer bullying escolar, sendo vista como desatenta, “ viver no mundo da lua”… Isso facilmente se resolve com uma consulta ao otorrinolaringologista que define sua conduta como medicamentosa, cirúrgica ou até a indicação de uso de aparelhos auditivos se a perda auditiva for confirmada.

O ruído presente em nosso trabalho, lazer e também em muitas situações do nosso dia a dia é a principal causa da perda auditiva no mundo. É uma perda auditiva irreversível, ou seja, não há medicação e nem cirurgia para correção, somente com o uso de aparelhos auditivos.

Comumente encontramos nossos jovens com fones em volume maior que o permitido para que não aconteça danos irreversíveis nas células dos ouvidos. A prevenção é a única forma para que isso não aconteça. Nos trabalhadores expostos a ruídos, o uso de equipamento de proteção a ruídos (EPI) é obrigatório e os exames de audição de rotina fazem parte do programa de saúde do trabalhador. Essa perda auditiva por ruído é irreversível e geralmente vem acompanhada por zumbido nos ouvidos.

O aparecimento de tumores, traumas acústicos também podem favorecer o aparecimento da perda auditiva que somente pode ser tratada com o uso de aparelhos auditivos.

É a partir dos 45 anos de idade que se inicia a perda auditiva natural da idade. Para esta, não há prevenção, acontecerá para as pessoas, em diferentes graus, porém para todos os sexos. Ela não deve ser desconsiderada, deve ser diagnosticada o quanto mais cedo possível, pois estudos recentes demonstram que 70% das perdas auditivas não tratadas podem levar a alterações neurológicas como o Alzheimer, aumentam em 25% as chances de queda, favorecem a depressão, o isolamento, o estresse, a irritabilidade, entre outros.

Assim sendo, o exame de audição deve fazer parte do seu check-up anual.

Cuide da sua saúde escutando bem e melhor! Saiba mais sobre o assunto em @fonovanessamoraes

Vanessa Moraes é fonoaudióloga e audiologista

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