Combate e controle dos focos de incêndios estão concentrados na Região Sul do Pantanal

Reunião de apresentação do balanço das ações de combate aos incêndios em MT pelo Ciman-MT - Foto por: Tchélo Figueiredo - SECOM/MT

Combate e controle dos focos de incêndios estão concentrados na Região Sul do Pantanal

Dando continuidade as ações de combate aos incêndios florestais em Mato Grosso, o Governo de Estado concentra a atuação na região Sul do Pantanal, já que as demais foram consideradas sob controle, conforme último levantamento Centro Integrado Multiagências (Ciman-MT), apresentado durante reunião nesta terça-feira (29.09) com as instituições e secretarias que integram o grupo.

Esta é a terceira reunião ordinária, cujo objetivo é apresentar um panorama da situação de combate aos incêndios florestais, assim como o andamento da operação Pantanal II, iniciada há 54 dias. As informações são baseadas no monitoramento feito pelo satélite AQUA-M-T, provido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A região tem difícil acesso terrestre por estar em mata fechada e o deslocamento das equipes é feito com uso de aeronave. Representam estes pontos a Serra das Araras, Serra de Santa Bárbara, Parque Nacional do Pantanal, Estação Ecológica Taiamã, Parque Estadual Encontro das Águas e Meandros do Araguaia.

“O Governo do Estado busca congregar essas ações para que tenhamos mais efetividade nas ações. No mês de setembro, reforçamos as equipes em campo com o apoio da Força Nacional, recursos do Governo Federal e efetivo do Corpo de Bombeiros. Hoje as equipes estão mais voltadas para à região sul, onde o fogo evoluiu nos últimos 10 dias em área de acesso mais restrito. Nos outros biomas e demais regiões do Estado os trabalhos seguem com menor intensidade”, explicou o coordenador adjunto do Ciman, tenente coronel Gledson Bezerra.

Segundo o coordenador ainda não há previsão para que o trabalho termine no Pantanal, pois a expectativa para a precipitação de chuvas é somente para o mês de novembro.
“Neste período a concentração do Ciman é coordenar recursos para as frentes de incêndio, e apesar de haver um controle na região norte, ainda temos muita preocupação na região sul”, concluiu.

Cerca de 20 dos 43 militares enviados pela Força Nacional estão atuando na área protegida RPPN Estância Dorochê. Há ainda um grupo designado para auxiliar no combate aos focos entre o Pantanal mato-grossense e o Pantanal em sul mato-grossense.

O trabalho em conjunto envolve o combate direto ao fogo, monitoramento, perícia, efetivo de bombeiros, brigadistas, e outro profissionais, aporte para uso e aquisição de equipamentos veículos, aeronaves e resgate de animais silvestres na Transpantaneira. O Sesc Pantanal é um dos parceiros nesta atuação e vem auxiliando no suporte das equipes de combate e também em pesquisas que envolvem o número de espécies de anfíbios, répteis, aves e mamíferos no Pantanal e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN).

“Umas das preocupações com avanço em áreas extensas do Pantanal é a gente documentar essa ocorrência e compreender esta dinâmica dos incêndios – seus impactos na fauna, na flora, nas populações pantaneiras e paisagem como um todo. Há mais de 20 anos o Sesc vem desenvolvendo pesquisas e iniciamos no mês passado o levantamento sobre os impactos do fogo, em parceria com várias instituições de ensino e pesquisa”, destacou Cristina Cuiabália, gerente de pesquisas do Sesc.

Poconé é um dos principais municípios monitorados e onde há equipes distribuídas para conter os focos de calor em áreas de preservação e conservação do Pantanal. Além dele, o Estado também acompanha atualmente 1.905 mil focos existentes nos municípios de Cáceres, Colniza, Cocalinho, Barão de Melgaço, Aripuanã, Cotriguaçu, Santa Terezinha e Peixoto de Azevedo.

Estiveram representadas na reunião o Exército Brasileiro,Sema, Sesp, Defesa Civil de Mato Grosso, Polícia Militar Ambiental, Politec, ICMBIO, Delegacia Especializada de Meio Ambiente (DEMA), Funai, Sesc Pantanal e Agência Brasileira de Inteligência (ABIN).

+ Acessados

Veja Também