Com depoimento de Silval, CPI da Copa encerra período de oitivas

Redação PH

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Com depoimento de Silval, CPI da Copa encerra período de oitivas

Com o depoimento do ex-governador Silval Barbosa, que está preso, mas recebeu autorização da Justiça para depor, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades nas obras da Copa do Mundo em Cuiabá e Várzea Grande encerrou hoje (12), as oitivas. De acordo com o presidente, deputado Oscar Bezerra (PSB), em no máximo 30 dias a comissão apresentará e divulgará o relatório final dos trabalhos.

Conforme Bezerra, há subsídios suficientes para um relatório substancioso e a CPI não se furtará a fazer indicações ao Ministério Púbico Estadual ou a qualquer outro órgão competente se concluídos indícios suficientes, seja contra qualquer gestor. Sobre a possível necessidade de um novo depoimento, se houver necessidade, a CPI o fará em reunião fechada.

Sobre o depoimento do ex-governador, o parlamentar disse que Silval demonstrou um desconhecimento geral de irregularidades e se pode concluir que teve secretários com superpoderes, tomando atitudes e decisões unilaterais.

Outro fato apontado por Bezerra é que o ex-governador teria “conduzido o processos de forma equivocada, uma vez que buscou muitos recursos sem as condições e quadro de pessoal para responder pela execução, causando prejuízos à Mato Grosso”.

No depoimento dessa quinta-feira, Silval Barbosa voltou a relatar as obras registradas ao longo do seu governo e em preparação para a Copa do Mundo de 2014, admitiu que houve falhas, mas lembrou que haviam comissões de acompanhamento das obras, principalmente do VLT, de todas as instâncias, seja Ministério Público, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, AGU, Câmaras Municipais de Cuiabá e Várzea Grande e outros. Ele reafirmou que houve falhas, mas de prazos, demandas judiciais, desapropriações e outras as quais ele disse que “não podia prever”.

Ao final da oitiva, Barbosa apresentou à CPI documentos que, segundo ele, comprovam que ao contrário do que afirma o atual governo, quando deixou a gestão, teria deixado recursos da ordem de R$ 684 milhões, além de outros R$ 80 milhões que teria efetuado em pagamento e que o Banco do Brasil devolveu no dia 2 de janeiro, somando, segundo ele, 764 milhões em caixa.

Silval também entregou documentos que comprovariam outros recursos que havia deixando encaminhado, como para a execução do rodoanel Cuiabá/Várzea Grande, obras em estradas nas regiões de Barra do Garças, Castanheira e Colniza, asfaltamento em diversas cidades do interior e mais de R$ 1,5 bilhões assegurados, sendo R$ 850 milhões a serem realizados dentro do MT Integrado.

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