A Justiça determinou ao governo do estado para que providencie uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal em Cuiabá para uma recém-nascida que está internada no Hospital São Luiz, em Cáceres, a 218 km da capital. Maria Alice Valke Eggertt tem 4 dias de vida e nasceu com uma cardiopatia congênita, necessitando de cuidados especiais com urgência.
A decisão liminar foi proferida na segunda-feira (7) pela juíza Alethea Assunção Santos, da 1ª Vara Cível de Cáceres, atendendo ao pedido assinado pela promotora Liane Amélia Chaves.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), por meio da assessoria de imprensa, mas a pasta ainda não se posicionou sobre o caso.
A família de Maria Alice é natural de São José dos Quatro Marcos, a 343 km da capital, e o parto ocorreu no Hospital São Luiz, onde a menina foi diagnosticada com quadro clínico grave de síndrome de desconforto respiratório, choque e cardiopatia congênita (canal dependente).
Segundo o relatório elaborado pela equipe médica do Hospital São Luiz, a menina está em estado grave e em ventilação mecânica e precisa ser transferida para uma UTI com atendimento de um cardiologista pediátrico, pois a unidade não possui tal profissional.
Eder Junior Eggertt, de 30 anos, é pai de Maria Alice e disse que, para a família, cada dia que passa sem que a filha receba o tratamento necessário é uma angústia.
“É muito triste isso. Ela está na UTI, pode precisar de uma cirurgia e a médica já disse que ela vai ficar ali enquanto não passar pela avaliação de um especialista. A minha filha está sendo mantida viva pelos aparelhos, mas eu quero que ela viva, que ela receba o tratamento que precisa”, disse.
Na liminar, a juíza determina que o município de Cáceres forneça uma UTI móvel para a transferência da bebê com urgência para um hospital da rede pública ou privada de Cuiabá.
De acordo com os pais de Maria Alice, a UTI móvel já está pronta e disponível para a paciente desde a noite de ontem, aguardando apenas um posicionamento da Central de Regulação da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT) sobre qual unidade hospitalar que irá receber a menina.