Cientistas encontram ‘chifres’ em crânios de jovens; causa pode ser uso excessivo de celular

Cientistas encontram 'chifres' em crânios de jovens; causa pode ser uso excessivo de celular
Reprodução/Revista Nature

Cientistas encontram ‘chifres’ em crânios de jovens; causa pode ser uso excessivo de celular

Uma pesquisa publicada na revista científica Nature mostrou que uma alteração na estrutura óssea da base do crânio de jovens, no formato de chifres, tem aparecido com frequência.

Segundo o estudo, 41% das pessoas entre 18 a 30 anos que foram examinadas apresentaram a mutação. Conforme estimativa dos cientistas envolvidos na pesquisa, 33% da população total deve ter esse crescimento ósseo.

Chegou-se a cogitar que a causa pode ser o uso excessivo de celular. Isso porque a mutação tem acontecido devido à alteração do direcionamento do olhar, que se mantém cada vez mais para baixo, causando um deslocamento do peso da cabeça, cuja força acaba causando o crescimento ósseo na conexão entre tendões e ligamentos.

Para que o público possa entender melhor o fenômeno, os pesquisadores compararam a alteração no crânio a um calo, que se forma na pele sempre em resposta a uma pressão externa.

A sugestão de que celulares e tablets sejam a causa se dá porque, quando usamos esses aparelhos eletrônicos modernos, costumamos modificar a postura e ficar com a cabeça baixa. A correlação direta entre os dois fatores, contudo, ainda não foi comprovada.

A pesquisa foi realizada na Universidade de Sunshine Coast, na Austrália, pelos cientistas David Shaher e Mark Sayers. De acordo com os estudiosos, smartphones, tablets e outros dispositivos móveis acabam forçando a mudança de postura dos humanos.

O problema, portanto, não é o chifre em si, mas essa alteração postural. “É um sinal de que alguma coisa não está certa, de que a cabeça e o pescoço não estão na configuração que deveriam estar”, disse.

Agora, para saber se os dispositivos móveis são realmente os grandes culpados pela alteração na estrutura óssea da cabeça da população, será preciso continuar a pesquisa e cruzar dados entre a quantidade de uso de celulares e tablets e o aparecimento ou não do chifre.

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