Cientistas acabam de usar a edição de genes para remover o HIV de células infectadas

Redação PH

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Cientistas acabam de usar a edição de genes para remover o HIV de células infectadas

Pesquisadores daTemple University, localizada no estado norte-americano da Filadélfia,desenvolveram uma técnica inovadora que será capaz de mudar o curso do tratamento da AIDS e de outras infecções causadas por retrovírus. A equipe de pesquisa utilizou uma ferramenta de edição de genomas chamada CRISPR-Cas9 para separar o DNA do vírus HIV das células infectadas no sistema imunológico do paciente.

A CRISPR-Cas9 foi desenvolvida em 2012, por um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia na cidade de Berkeley. Essa ferramenta logo se tornou a preferida dos biólogos moleculares devido a sua versatilidade, alta eficiência e simplicidade. CRISPR é uma sequência de DNA que ocorre naturalmente e se repete ao longo do genoma bacteriano. Os cientistas descobriram que essas repetições coincidem com o DNA dos vírus e são utilizadas pelas bactérias como uma defesa contra infecções virais. Eles também encontraram um conjunto de enzimas chamadas Cas (uma sigla que significa proteínas associadas ao CRISPR), que muitas vezes estão associadas às sequências CRISPR e podem separar o DNA.

Quando utilizadas em conjunto, as sequências CRISPR e as proteínas Cas podem segmentar o DNA de forma muito precisa, permitindo que os cientistas trabalhem com genes específicos para fins de eliminação ou modificação. No caso do estudo sobre o HIV, a equipe de pesquisadores extraiu células T infectadas de um paciente e usaram uma versão modificada da CRISPR-Cas9 para remover o DNA do HIV-1. O tratamento se mostrou eficaz tanto contra as células T cultivadas em uma placa de Petri quanto contra células T extraídas de um paciente com HIV. Ao final do procedimento, verificou-se que as células tratadas não continham nenhum traço detectável do DNA do HIV e não haviam sido afetadas pelo tratamento.

O sistema, além de remover completamente o DNA do vírus sem prejudicar as células alvo, fez isso de modo permanente, reduzindo a chance de reinfecção. A técnica CRISPR-Cas9 pode ser muito mais eficiente do que a terapia antirretroviral utilizada hoje em dia, que só funciona enquanto o paciente continuar tomando os medicamentos. Uma vez interrompida a terapia antirretroviral, o paciente sofre uma recaída, pois o HIV continua seu ataque ao sistema imunológico da pessoa.

Embora a nova técnica se mostre promissora no tratamento da AIDS e de outras doenças retrovirais, os pesquisadores ainda estão cautelosos quanto à sua aplicação clínica. A técnica ainda precisa de refinamento para garantir segurança e eficácia aos pacientes.

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Kelly Hodgkins

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