Chegada da ferrovia impulsiona economia em Rondonópolis

Redação PH

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crise econômica pode trazer oportunidades de investimento, avalia especialista

Chegada da ferrovia impulsiona economia em Rondonópolis

Considerada uma das mais promissoras cidades da região Centro Oeste, com o segundo maior PIB (Produto Interno Bruto) mato-grossense, Rondonópolis completou, no dia 10 de dezembro, 61 anos de emancipação. A cidade abriga hoje o maior terminal ferroviário de cargas da América Latina. Inaugurado há pouco mais de um ano, o Complexo Intermodal de Rondonópolis (CIR), que ainda segue em expansão, reflete um novo impulso socioeconômico para a região, com geração de emprego, renda, qualificação de mão-de-obra e melhora no escoamento da produção do estado.

Somente em 2014, o terminal da América Latina Logística (ALL) gerou cerca 300 empregos diretos e mais de mil empregos indiretos. De acordo com o gerente de Terminais da ALL em Mato Grosso, Ivandro Paim, atualmente, 56% do quadro de colaboradores da companhia vieram transferidos de outras cidades e o restante foi contratado no município. “Mesmo trazendo colaboradores de outras localidades, onde a ALL tem base, a empresa abre espaço e investe na formação e qualificação de mão-de-obra local”, ressaltou.

Além da ALL, já opera no CIR a subsidiária Brado, pioneira no transporte ferroviário de contêineres, e a esmagadora de soja Noble. Já é prevista também a instalação de outras empresas no complexo nos próximos anos, o que deve ampliar ainda mais as oportunidades de trabalho.

O economista e professor na Universidade de Cuiabá (Unic), Alexsandro Silva, explica que o ciclo de investimentos iniciado após a instalação de um terminal de cargas com o porte do CIR, traz melhorias para diversos setores do município. Segundo ele, a vinda de profissionais com suas famílias de outras cidades, contribui diretamente para a movimentação da economia local por representar maior consumo por produtos e serviços. “Desde o imobiliário a outros setores, há um aumento significativo na demanda”, explicou.

Outro setor que tem se preparado nos últimos anos para receber esse novo momento, de acordo com o economista, é o da educação. Escolas de ensino profissionalizante e faculdades vêm ampliando o número de cursos e quantidades de vagas para preparar o maior número possível de profissionais para os postos de trabalho que serão gerados. “Um exemplo disso é o curso de Engenharia de Produção, disponível em dois turnos e com alta demanda nas duas maiores faculdades particulares da cidade”, comentou.

Silva também destaca a atração de outros grandes empreendimentos que optam pela cidade, influenciados pelo potencial de crescimento que o município oferece. “Outras grandes empresas, de variados setores, são influenciadas pelas promessas do grande crescimento que Rondonópolis deverá apresentar nos próximos anos, apontando a cidade como um bom lugar para investir”, frisou.

Além de favorecer o desenvolvimento e a logística do Mato Grosso, Silva lembra que essas empresas contribuem fortemente para a economia fiscal do país, do estado e também do município. “Quando se eleva o nível da atividade econômica todos ganham, inclusive o governo, que arrecada mais em tributos. Ampliando a capacidade do Estado e dos Municípios aumenta-se os investimentos em melhorias dos serviços públicos como saúde, educação, segurança, habitação e lazer, por exemplo. Rondonópolis certamente se beneficiará muito com isso”, concluiu.

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