Cerimônia em Porto Príncipe marca fim de missão brasileira no Haiti

Redação PH

Redação PH

itália se prepara para eleições em 2018 após presidente dissolver parlamento

Cerimônia em Porto Príncipe marca fim de missão brasileira no Haiti

A Base General Bacellar, na cidade de Porto Príncipe, recebeu, na noite dessa quinta-feira (31), a cerimônia de despedida do Contingente Brasileiro (Contbras) da Missão de Paz para Estabilização do Haiti (Minustah).A partir de agora, as operações das tropas estão encerradas e a etapa final de desmobilização será concluída em 15 de outubro. Até 15 de setembro, quando 90% do efetivo deverá ter deixado o país caribenho.

A Minustah contou com a participação do Brasil desde 2004, e o País sempre contribuiu com o maior contingente de tropa: mais de 37 mil militares brasileiros participaram da Operação de Paz nos 13 anos de missão. Os maiores desafios enfrentados pela tropa brasileira foram a pacificação de Cité Soleil, no início da missão, além da atuação nos episódios do terremoto em 2010 e do Furacão Matthew, em 2016.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, ressalta que o componente militar deixa o país caribenho, mas o Brasil continuará suas relações em outras áreas, como saúde e assistência humanitária. “Somos muito agradecidos ao povo do Haiti, com o qual nós ganhamos laços de amizade que serão absolutamente permanentes. Tenho certeza que tenderão a ser ampliados, para o benefício de nossos dois países”, afirmou.

O primeiro-ministro do Haiti, Jack Guy Lafontant, afirmou ter de enfrentar com os próprios meios os desafios do país, mas conta com o apoio de países amigos como o Brasil. “Isso nos permitiu ter uma estabilidade política no Haiti e esperamos mantê-la”, disse.

Em seu discurso o Force Commander, general Ajax, lembrou que a missão no Haiti é a maior mobilização de tropas brasileiras no exterior, numa missão real, desde a guerra da Tríplice Aliança. Ele mencionou, ainda, a perda de 25 militares durante os 13 anos de atuação e os momentos marcantes que envolveram os contingentes anteriores, como os enfrentamentos violentos do início, o terremoto, o furacão Mathew e as eleições.

“O trabalho feito por aquelas tropas permitiu que nós estivéssemos chegando ao final da missão com o dever cumprido”. Nunca se esqueçam: vocês já estão partindo, mantenham o seu coração de soldado e a alma de peacekeeper (mantenedores da Paz)”, finalizou o general.

Sobre a próxima missão de Paz na qual as Forças Armadas Brasileiras poderão ser empregadas, segundo o ministro da Defesa, já foi citada a República Centro Africana, porém depende de decisão do presidente da República e do Congresso Nacional.

+ Acessados

Veja Também