Centenas de voluntários ajudam na realização da Caravana

Membro da Associação dos voluntários de Barra do Garças, Maria de Jesus foi chamada para ajudar na 8ª Caravana e, desde então, participou de todas as edições - Foto por: Haillyn Heiviny/Christiano Antonucci/Gcom-MT

Centenas de voluntários ajudam na realização da Caravana

Assim que termina a Caravana da Transformação em um município, os voluntários já começam o treinamento para atender uma nova região. Neste fim de semana está previsto o começo do curso preparatório para a 14ª edição, que ocorrerá em Sinop, entre os dias 21 de maio e 2 de junho.

Os voluntários são parte essencial para a realização de uma Caravana. Sem essas  pessoas, que doam seu tempo para orientar os milhares de cidadãos que são atendidos durante o programa do Governo do Estado, seria impossível a realização de um evento de tal magnitude.

Além dos moradores da capital mato-grossense e de Várzea Grande, voluntários de todo o estado estão participando da 13ª edição, que ocorre em Cuiabá até o dia 10 de maio. São pessoas que fizeram o curso quando teve a Caravana em seu município e estão habilitados para participar em outras regiões. Esse é o caso de Rosana Rodrigues, de Juína, que juntamente com a filha, Ana Gabriela, está participando pela 5ª vez.

“No treinamento aprendemos como abordar, orientar o idoso, conduzir uma cadeira de rodas. A Defesa Civil dá todo o suporte para os voluntários que são de fora. Como trabalho no setor de urgência e emergência de um hospital, na hora que estou circulando no meio do público vou observando e procurando identificar quem está precisando de cuidados e, se for o caso, direciono para o Samu.

É importante ter entre os voluntários pessoas habilitadas na área de saúde”, diz Rosana, que se sente orgulhosa pela filha, de apenas 18 anos, se interessar  pelo trabalho voluntario. “É necessário os pais direcionarem para que os filhos se tornem um cidadão melhor, entendam as necessidades das pessoas”.

Membro da Associação dos voluntários de Barra do Garças, Maria de Jesus foi chamada para ajudar na 8ª Caravana, que aconteceu no seu município. Desde então participou de todas  as edições e pretende seguir em parceria com o governo do Estado em seus próximos eventos.

“É uma responsabilidade muito grande ser voluntário, é uma doação de tempo, de amor ao próximo. Você saber que o seu bom dia, a sua ajuda, o seu abraço pode trazer um pouco de paz e tornar o dia do outro mais feliz, não tem dinheiro que pague no mundo”.

QUALIFICADOS PELA DEFESA CIVIL

Além de orientações sobre como lidar com idosos, o curso oferecido pela Defesa Civil de Mato Grosso incluem noções de Primeiros Socorros e combate a incêndio. A técnica em enfermagem de Rondonópolis, Luanda Aparecida Moreti, destacou que é essencial esse treinamento.

“Quando você tem uma ambulância que demora alguns minutos e tem alguém apto a fazer os procedimentos de primeiros socorros próximo a vitima, diminui o risco dela ter sequela ou lesões graves. Então a própria sociedade ganha com isso”.

O treinamento foi muito elogiado pelos voluntários, como Luiz Antonio Alcalde, de 67 anos, que na juventude participou do Projeto Rondon e ajudou na organização de eventos em diferentes estados, como São Paulo e Paraná, mas é a primeira vez que faz essa função em Cuiabá, apesar de já morar na capital mato-grossense há 22 anos.

“É um curso muito completo, com boas noções de salvamento. Fiquei sabendo pelo boca a boca, um amigo me indicou e essa capacitação vai ser ser muito útil para o meu dia a dia também”.

Marleia Rodrigues Boa, de São José dos Quatro Marcos, faz um apelo para os que foram qualificados pela Defesa Civil – mais de 6 mil pessoas nos últimos dois anos – dediquem um pouco do seu tempo para ajudar as pessoas.

“Muitos fazem o curso mas na hora de serem voluntários não querem participar. É preciso ter essa consciência que ajudar é muito importante porque eventos grande como a Caravana precisam de muita gente auxiliando, orientando porque são milhares de pessoas que passam aqui todos os dias”.

JOVENS VOLUNTÁRIOS

Ana Gabriela participou do treinamento dado pela Defesa Civil durante a Caravana de Juína apenas para acompanhar a mãe, mas se interessou pelo curso e desde então vem ajudando em todas as edições.

Ela relata que se encontrou no trabalho voluntário. “Hoje em dia as pessoas vêm o idoso como um peso e estar aqui orientando, conversando, ver eles alegres com uma simples ajuda é muito importante. Quando o jovem participa de um trabalho como esse muda sua visão sobre o idoso. A Caravana é uma experiência única, são histórias que vou levar para o resto de minha vida”.

Outro jovem que está auxiliando o evento é Matheus Thiago da cunha, de 13 anos, que participa pela 4ª vez. Menores de 14 anos podem participar desde que acompanhado por um responsável, que no seu caso é o pai, o coronel Abadio Cunha, secretario adjunto da Defesa Civil.

“Acho muito importante participar porque eu, que consigo fazer as coisas, estou ajudando quem não tem as mesmas condições. Estar na Caravana faz o adolescente ver as dificuldades dos mais velhos e aumenta o respeito pelo idoso. Gostaria que tivesse mais divulgação nas escolas”.

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