Casal é preso em Campinas suspeito de ligação com mega-assalto de Criciúma; prisões sobem para 11

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Casal é preso em Campinas suspeito de ligação com mega-assalto de Criciúma; prisões sobem para 11

Um casal de Campinas (SP) foi preso nesta quinta-feira (3) suspeito de participação no mega-assalto a um banco em Criciúma (SC) no início da semana. Um suspeito ligado ao casal ainda é procurado. As prisões ocorreram após denúncia anônima. Agora, sobe para 11 o número de presos por envolvimento no caso.

Na noite de segunda-feira (30), cerca de 30 pessoas encapuzadas causaram terror na cidade catarinense ao roubar o cofre de uma agência do Banco do Brasil. Funcionários foram feitos reféns, vias foram bloqueadas e disparos com armas de grosso calibre foram efetuados. A ação criminosa durou quase duas horas.

Nesta quinta-feira, em Campinas, munições de fuzil e explosivos similares aos usados no ataque foram apreendidos. O homem e a mulher presos, de 41 e 36 anos, foram levados para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), em São Paulo.

De acordo com o coronel Rogério Silva, da PM de São Paulo, a mulher teria admitido participação no crime e, segundo o policial, em seu celular foram localizadas mensagens que comprovam o elo com o mega-assalto.

O comandante do policiamento de São Paulo, que enviou uma equipe da Rota e teve apoio do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) de Campinas, esteve em três endereços na cidade: o imóvel do casal no Parque Fazendinha, uma sala comercial no Centro e o imóvel dos pais da suspeita, no Parque São Jorge.

O coronel destacou que o serviço de inteligência da polícia confirmou que um dos veículos utilizados no mega-assalto havia sido abastecido em posto de combustíveis na Rodovia Anhanguera, em Campinas.

Imagens mostrariam o casal no veículo, sendo dirigido pelo marido. “No escritório, localizamos o cartão de crédito utilizado no abastecimento”, diz Silva.

Homem procurado é irmão de mulher presa

Segundo o policial, o terceiro suspeito de Campinas ligado ao crime é irmão da mulher presa nesta quinta. Os investigadores acreditam que o material encontrado na casa dos pais dela, como munições e explosivos, tenha ligação com o irmão.

O material será enviado para perícia mas, de acordo com o coronel, uma análise preliminar indica que os explosivos apreendidos em Campinas são similares ao usado no ataque em Criciúma.

Onde ocorreram as 11 prisões

  • 2 homens encontrados em Gramado, na Serra do RS, na manhã de quinta (3). A polícia apura se um dos presos pertence a facção criminosa de SP.
  • 1 homem encontrado em uma casa na cidade de Três Cachoeiras (RS), na madrugada de quinta (3).
  • 2 homens encontrados em um viaduto da BR-116 em São Leopoldo (RS), na tarde de quarta (2).
  • 3 homens encontrados entre a divisa de Torres (RS) e Passo de Torres (SC), na tarde de quarta (2).
  • 1 mulher encontrada em uma casa em São Paulo (SP), na tarde de quarta (2).
  • 2 pessoas – 1 homem e 1 mulher – em Campinas, na noite de quinta (3).

O que se sabe do mega-assalto?

  • Cerca de 30 pessoas encapuzadas assaltaram uma agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma às 23h50 de segunda-feira (30). A ação durou 1 hora e 45 minutos.
  • Pessoas foram feitas reféns e cercadas por criminosos; houve bloqueios e barreiras para conter a chegada da polícia.
  • Um PM e um vigilante ficaram feridos. Ninguém morreu. O PM precisou passar por três cirurgias.
  • Criminosos fugiram, e parte do dinheiro ficou espalhada pelas ruas. Valor levado e abandonado não foi informado.
  • Quatro moradores foram detidos após recolherem R$ 810 mil que ficaram jogados no chão devido a explosão durante o assalto.
  • Criminosos também deixaram 30 quilos de explosivos para trás. Polícia não sabe o total utilizado.
  • 10 carros usados no assalto foram apreendidos em um milharal de uma propriedade privada em Nova Veneza, a noroeste de Criciúma.
  • A PM acredita, baseada em manchas de sangue encontradas nesses veículos, que pelo menos dois criminosos tenham se ferido.
  • Em nota, o Banco do Brasil disse que funcionários não foram feridos, que não há previsão para reabertura da agência e que não informa “valores subtraídos durante ataque às suas dependências”.

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