Os dados mais “pé no chão” da segunda semana de março indicam que as exportações de carne de frango do corrente mês terão desempenho bem mais modesto que o apontado no levantamento da primeira semana. Que, sem dúvida, carrega “restos” não contabilizados de fevereiro passado.
Por exemplo, na semana passada (6 a 10, cinco dias úteis) os embarques de carne de frango in natura somaram 62.915 toneladas, volume que corresponde a uma média diária de 12.583 toneladas. Isso representa redução de 35% sobre a semana anterior (19.465 toneladas/dia; 58.395 toneladas em três dias).
Porém, se esse volume for distribuído por quatro dias (supondo-se embarques não contabilizados de 27 de fevereiro), a média diária da semana passada será apenas 13% menor que a do período inicial de março (perto de 14.600 toneladas/dia).
Na ausência de dados mais concretos sobre o “estoque” transferido de fevereiro, tem-se agora, para março corrente, duas diferentes projeções sobre o possível total mensal. Ou seja: mantida a média diária da semana passada (12.583 toneladas), o volume de carne de frango in natura embarcado em março ficará próximo das 290 mil toneladas.
Já a média diária apontada pela SECEX/MDIC (15.164 toneladas, com “restos” de fevereiro passado) sinaliza embarques de quase 350 mil toneladas de produto in natura – um volume elevado, mas ainda aquém das 368 mil toneladas de um ano atrás. Mas efetivamente positivo, por ora, só o preço médio, que segue aumentando. O valor até aqui registrado – cerca de US$1.705/t – é 23% superior ao de março de 2016.
