Capovilla encerra 2° Simpósio sobre Dislexia em Mato Grosso

Redação PH

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Capovilla encerra 2° Simpósio sobre Dislexia em Mato Grosso

No intuito de aprofundar as reflexões acerca das diversas questões que envolvem o distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração da criança, com maior incidência nas salas de aula, a Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), realizou, nos dias 24 e 25 de maio, o 2° Simpósio de Dislexia no estado, no Teatro Zulmira Canavarros, focando “Um jeito de ser e de aprender”.

Na noite de quinta-feira, a temática que encerrou este evento nunca visto em todo Mato Grosso foi “Chaves para o mundo da leitura e escrita: contribuições da ciência de ponta para a alfabetização, a educação e a clínica”, ministrado pelo Ph.D. Fernando Capovilla, que é autor de mais de 50 obras, livre-docente em Neuropsicologia, professor titular da Universidade de São Paulo (USP).

O Simpósio de Dislexia busca interagir com profissionais e estudantes do setor pedagógico e da saúde, reforçando conhecimentos, compartilhando experiências e troca de informações.

“Eu vim trazer para este Simpósio a ‘Teoria Atômica’ de leitura e escrita da alfabetização, que foi publicada no Journal International, mostrando como nós resolvemos uma seríssima questão sobre como é que as crianças processam a leitura e a escrita. Depois da reforma ortográfica, aumentou o grau de dificuldade de leitura e escrita no Brasil e através desse trabalho eu consigo medir isso”, explicou no encerramento do evento, Fernando Capovilla.

Capovilla considera que os profissionais envolvidos com o setor educacional não devem se esquecer da importância de aplicar a metalinguagem, ou seja, sendo necessário desenvolver com a criança a inferência e a abstração do conhecimento acumulado. “Considero que a educação infantil deva primeiramente estimular o conceito real da arte de ensinar, evocando o cotidiano, para depois aí sim, partir para a educação do conceito formal”, disse Fernando.

O deputado estadual licenciado Wilson Santos (PSDB), idealizador e coordenador do II Simpósio sobre Dislexia, explica quais as próximas ações relacionadas ao tema em Mato Grosso.

“Eu vou solicitar do presidente da Assembleia, o deputado Eduardo Botelho (PSB), que coloque já em regime de urgência a apreciação dos seis projetos de lei que tramitam nessa casa há um bom tempo. Eu sou autor de três projetos, um que cria a Semana Anual para debater a Dislexia em Mato Grosso, o segundo é que amplie em uma hora o tempo para o vestibular, concurso público no estado para os disléxicos. O terceiro é o que cria política pública (…). E o nosso próximo encontro em 2018, será um Simpósio sobre Dislexia Regional onde nossa meta maior é fazer com que Mato Grosso lidere no assunto tornando o Simpósio Nacional quem sabe já para 2019”, externou Wilson Santos.

O evento não possui fins lucrativos, ao qual foram cobrados, dois litros de leite como taxa de inscrição para os participantes, que foram doados ao Hospital de Câncer de Mato Grosso. O 2° Simpósio de Dislexia arrecadou um pouco mais de 1.000 litros de leite que foi entregue ao Hospital.

“É muito gratificante para o Hospital de Câncer receber essa doação, porque dependemos dessas contribuições. Então quando recebemos doações significativas ficamos imensamente gratos e em nome de todos os pacientes em tratamento do nosso Hospital agradeço a organização do evento pela doação”, declarou a nutricionista do Hospital de Câncer de Mato Grosso, Karoline Saragioto.

Campanha -O gerente de publicidade da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), Ricardo Sardinha, lançou durante o evento do 2° Simpósio sobre Dislexia em Mato Grosso, a campanha publicitaria “Você Sabe o que é Dislexia”? A peça publicitaria busca levar ao conhecimento da sociedade civil organizada o que é dislexia de forma didática.

Ricardo Sardinha disse durante o lançamento da campanha publicitaria que esse trabalho foi um dos mais emocionantes de sua carreira.

“Foi um trabalho que realmente justifica a profissão de publicitário, que não é vender e só fazer propaganda. É participar de alguma forma na vida dessas pessoas que têm a dislexia e nós tentamos colocar nesse trabalho como é o dia a dia e as dificuldades que possam aparecer na vida de um disléxico, como pegar um ônibus ou até mesmo ler um livro. A ideia é colocar essas peças em outdoor e busdoor para alcançar o maior número de pessoas possível”, finalizou Sardinha.

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