Campinápolis recebe 1ª transferência de embriões do ‘Programa MT Produtivo Leite’

Nas transferências serão utilizados embriões produzidos com sêmen sexado de fêmea, da raça Girolando Meio Sangue (CCG 1/2 – Cruzamento com Controle de Genealogia). - Foto por: Mayke Toscano - SECOM/MT

Campinápolis recebe 1ª transferência de embriões do ‘Programa MT Produtivo Leite’

A vaca da raça Girolando identificada pelo número 071, do criador Alencar Cambaúva da Silva, da Fazenda Cambaúva, no município de Campinápolis, foi a matriz definida para receber a primeira transferência de embriões do ‘Programa Mato Grosso Produtivo Leite’, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).

A região de Campinápolis, localizada 650km a leste de Cuiabá, será beneficiada com a execução de 400 prenhezes. Entre os objetivos do programa está o fomento à renovação do rebanho leiteiro, por meio do melhoramento genético, e a inserção de boas práticas para o manejo das propriedades.

Os procedimentos foram realizados na semana que antecedeu ao decreto do Governo do Estado, que determinou a necessidade de isolamento social para combate ao avanço da Covid-19. As transferências reuniram técnicos da Seaf, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), membros da Cooperativa dos Produtores de Campinápolis – Campileite, e técnicos da empresa Fertiliza Consultoria em Reprodução Animal, licitada pelo Estado para a execução dos serviços de transferência de embriões.

Transferência de Embriões em Campinápolis
Créditos: Lucas Diego / Seaf MT

No total, o ‘MT Produtivo Leite’ prevê a entrega de duas mil prenhezes aos produtores. As prenhezes serão obtidas a partir da transferência de embriões para as matrizes receptoras, pré-selecionadas no rebanho do próprio produtor. Nas transferências serão utilizados embriões produzidos com sêmen sexado de fêmea, da raça Girolando Meio Sangue (CCG 1/2 – Cruzamento com Controle de Genealogia).

“É essencial destacarmos a iniciativa do Governo do Estado em garantir ao produtor condições de acesso à tecnologia de ponta, com a oferta de material genético de alto padrão genético. O Estado assume o papel de facilitador no processo de aquisição e distribuição do material. Podemos assegurar sem medo de errar, que sem a participação do governo seria impossível o acesso de boa parte dos produtores ao material genético ofertado pelo programa. Nossa meta é garantir a renovação dos pequenos rebanhos leiteiros, assegurando assim, o aumento na renda das famílias, a abertura de novos postos de trabalho e a oferta de matéria prima às indústrias de lácteos”, defendeu Silvano Amaral, secretário de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).

A Seaf irá oficializar a assinatura de acordos de cooperação, inicialmente com as principais cooperativas de leite, a fim de potencializar o alcance do programa. Para cada prenhez adquirida pelo Governo do Estado, a cooperativa irá financiar a compra de mais uma para o produtor. No total, Estado e Cooperativas irão entregar 4 mil prenhezes à Agricultura Familiar de Mato Grosso. O financiamento da segunda prenhez será contratado direto pelo produtor junto a cooperativa, em condições acessíveis.

O programa conta com o acompanhamento técnico da Empaer, que atua na orientação aos produtores sobre o manejo sanitário e nutricional do rebanho, entre outras ações que deverão ser desenvolvidas na propriedade. Entre os critérios para a seleção dos produtores beneficiários estão a vocação para a lida com o leite e a capacidade de manejo sanitário e nutricional (condições de boa alimentação) das matrizes.

Transferência de Embriões em Campinápolis
Créditos: Mayke Toscano/Secom-MT

A raça definida pelo Programa MT Produtivo Leite é reconhecida pela alta produtividade, rusticidade, precocidade, longevidade e fertilidade, além da capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e ao clima do Centro Oeste. A aposta do programa é garantir que os produtores tenham acesso a animais geneticamente superiores, que irão assegurar a formação de novos rebanhos com maior potencial produtivo, em substituição as matrizes de baixa produtividade.

Acompanharam os procedimentos de transferência de embriões, a médica veterinária e responsável pelo Programa Mato Grosso Produtivo Leite na Seaf, Ângela Kohl; o médico veterinário e responsável técnico pela Empresa Fertiliza Biotecnologias da Reprodução em Bovinos, Claudiney Martins; o vice-presidente da Cooperativa dos Produtores de Campinápolis – Campileite, Gerantino Joaquim Neto; além dos técnicos da Empaer, como o coordenador Regional de Barra do Garças, Waldir Alves da Rocha e a médica veterinária Luma Camargo Prados, e os técnicos locais da Empaer e responsáveis pelo programa em Campinápolis, os engenheiros agrônomos Carlos Augusto Moraes Coimbra e Renato Oliveira Silva.

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