Câmara do Trigo debate a viabilidade técnica e econômica da cultura no Estado

Câmara do Trigo debate a viabilidade técnica e econômica da cultura no Estado
O trabalho de pesquisa é realizado há mais de 30 anos e tem comprovado a viabilidade técnica do cultivo do cereal em Mato Grosso. - Foto por: João de Melo | Empaer

Câmara do Trigo debate a viabilidade técnica e econômica da cultura no Estado

Foi realizada nesta quinta-feira (06.06), a 2ª Reunião Ordinária da Câmara Técnica do Trigo (CTT), que abordou o estudo que está sendo realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) sobre a viabilidade econômica com equilíbrio na produção e indústria, abertura de uma linha de crédito e preço mínimo para comercialização do produto.

O coordenador da Câmara Técnica e pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Hortêncio Paro, destaca que o potencial da área de produção no Estado chega a mais 100 mil hectares. A reunião foi realizada na sala de reuniões da Aprosoja.

Conforme Paro, o trabalho de pesquisa é realizado há mais de 30 anos e tem comprovado a viabilidade técnica do cultivo do cereal em Mato Grosso e a qualidade do trigo colhido, que pode atingir 40 a 50% de força de glúten.

Com esse teor de glúten é considerado adequado comercialmente, visto que o percentual mínimo é de 25%. Ele explica que os valores de percentual de glúten são cruciais para fabricação de produtos diferenciados, como produção de pão, massas e farinhas. O que falta hoje, segundo Paro, é a garantia de que a produção tenha um destino certo e o um preço mínimo para o produtor rural.

O superintendente de Política Agrícola e Crédito da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Eldo Orro, fala que o estado deve implantar o Plano Estadual do Trigo.

Esse  programa ainda está em elaboração, mas tem como finalidade apoiar a triticultura no estado, fazendo uso da concessão de incentivos fiscais tanto para indústrias quanto para produtores, na tentativa de tornar o trigo mato-grossense mais competitivo dentro e fora do estado. “O estudo que está sendo elaborado pelo Imea pode ser concluído em até 60 dias”, esclarece

Cultivo inicial de 15 mil hectares para atender demanda de moinho.

Após o estudo detalhado do Imea, a estimativa debatida na reunião é de que inicialmente sejam necessários 15 mil hectares de trigo para atender à futura demanda do moinho de trigo que será instalado no distrito industrial em Cuiabá.

O diretor comercial da indústria, João Antônio Sentchuk, comenta que o moinho terá capacidade para processar diariamente até 120 toneladas de trigo, e que o início das obras depende da aprovação pela prefeitura.

O presidente da Empaer, Renaldo Loffi, enfatiza  que o trabalho de pesquisa que vem sendo executado em parceria com diversas entidades para acompanhar e avaliar o desenvolvimento de materiais genéticos, melhor época de plantio, variedades, sistema de produção e outros, com a instalação de Unidade de Observação (UO) e Unidades Demonstrativas (UD). “A cultivo do trigo será uma boa alternativa para os produtores irrigantes do Estado”, esclarece.

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