Câmara aprova admissibilidade do impeachment

Redação PH

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Câmara aprova admissibilidade do impeachment

Com 367 votos favoráveis a Câmara dos Deputados aprovou na noite deste domingo (17), a admissibilidade do impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT). 137 deputados votaram contrários, sete se abstiveram de votar e dois não compareceram à sessão.

A votação começou com atraso e o primeiro voto foi favorável ao impeachment. O “sim” liderou do início ao fim e contou com algumas surpresas, sobretudo no voto favorável de parlamentares cujos partidos deram sustentação ao governo, quando não fizeram parte dele ocupando ministérios.

Da bancada mato-grossense, seis dos oito parlamentes votaram pelo impeachment. O deputado federal Nilson Leitão, vice-líder do PSDB na Câmara e presidente da Executiva Regional em Mato Grosso, disse sim ao impeachment em nome da unidade do país. “O Brasil chegou hoje no juízo final de uma luta de quase um ano falando que o impeachment tinha de ocorrer. Pela nossa pátria unida, não do Brasil de nós e deles. O Brasil é um só, ninguém vai nos dividir. Em nome da minha família, do meu Mato Grosso, da minha cidade de Sinop, em nome da nossa pátria, eu voto sim”, disse o parlamentar que já havia externado a mesma posição na comissão especial que analisou a denúncia antes de ir ao plenário.

O voto decisivo, o de número 342, veio de outro tucano. O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE).

Com a aprovação da admissibilidade caberá ao Senado Federal decidir pela abertura do processo de impedimento de Dilma, o que depende dos votos de maioria simples. A votação no Senado deve acontecer nos próximos 15 dias.

Se o processo for aberto e Dilma for condenada pelo crime de responsabilidade, perde o cargo e fica inelegível por oito anos.

Para Nilson Leitão, a resposta da Câmara dará novo fôlego ao Brasil. “Há muito precisávamos tirar este item da pauta política na Câmara. A aprovação na noite deste domingo mostrará ao mercado financeiro, por exemplo, que mudanças positivas estão por acontecer e isso fará a economia reagir. A ação no Senado, que esperamos seja mais rápida, fará com que viremos a página da história abrindo espaço para um novo Brasil”, finalizou.

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