Brics precisa enfrentar tendências ao protecionismo, diz ministra

Brics precisa enfrentar tendências ao protecionismo, diz ministra
Encontro é um preparatório para a 9ª reunião de Ministros de Agricultura do Brics - Antônio Araújo/Mapa

Brics precisa enfrentar tendências ao protecionismo, diz ministra

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta quarta-feira (17) que o principal desafio do bloco formado por Brasil, Índia, China, Rússia e África do Sul (Brics) é resolver tendências ao protecionismo, isolacionismo e unilateralismo. “ (Os desafios) Exigem, como antes, respostas coletivas. Exigem que nos atenhamos à mesma ideia: simples, mas poderosa, de unir forças”, defendeu durante boas-vindas a representantes de delegações do Brics que estão em Brasília para a Reunião de Vice-Ministros de Agricultura do bloco econômico.

O encontro é preparatório da 9ª Reunião de Ministros de Agricultura do Brics, que será realizada em Bonito (MS), em setembro. Em Brasília, os representantes da delegação também foram recebidos pelo secretário executivo do Mapa, Marcos Montes, e seguiram para a sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para visita a laboratórios que testam novas variedades de cana-de-açúcar e bancos de sementes e mudas.

Para a ministra, é uma oportunidade de mostrar as inovações produzidas pela instituição que contribui para o esforço de adaptação da agricultura tropical às mudanças climáticas. Tereza Cristina também destacou que o “Brasil país está pronto e disposto a contribuir para garantir a segurança alimentar global, incorporando, no centro de sua estratégia, os princípios do desenvolvimento sustentável”.

À tarde, o grupo se reúne no auditório do Mapa para discutir pautas ligadas ao desenvolvimento da agropecuária dos países membros. Temas como promoção da ciência, tecnologia e inovação; economia digital; aumento dos contatos entre o setor produtivo e projetos desenvolvidos pelo Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NDB na sigla em inglês) estão previstos. A reunião será conduzida pelo embaixador Orlando Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério.

Na quinta-feira (18), as discussões prosseguem e terminam com encontros bilaterais entre os países-membros.

Representantes

O chefe da delegação chinesa é o diretor do Serviço Veterinário do país, LI Jinxiang; da indiana, o secretário Shri Sanjay Agarwal; da africana, o embaixador JN Mashimbye; e da russa, o diretor adjunto Ilia Geraschenko. A brasileira é chefiada pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Ribeiro.

Mercosul

No fim do encontro, Tereza Cristina comentou sobre a Cúpula do Mercosul, que começou nesta quarta-feira na Argentina. Na reunião, o presidente argentino Maurício Macri passará o posto de presidente pro tempore do Mercosul ao presidente brasileiro Jair Bolsonaro. “Nós temos vários temas, o acordo com a União Europeia, que precisa prosseguir e também discutir como isso se dará nos próximos (anos), incluindo a aprovação pelos parlamentos”.

Ela também demonstrou otimismo e afirmou que “as coisas agora caminharão. Nós temos aí um ótimo clima de discussão. No agro,  alguns problemas entre nós, que nos afetam e que temos que trabalhar uma nova maneira de ganhar novos mercados”.

O Brasil estará à frente do grupo nos próximos seis meses e será o anfitrião da próxima reunião do Mercosul, que será realizada no fim do ano em Bento Gonçalves (RS).

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