Brasileiro é eleito melhor do mundo no soçaite

Redação PH

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Brasileiro é eleito melhor do mundo no soçaite

Modalidade popularmente disputada nas “peladas”, o futebol soçaite está cada vez mais chamando a atenção. No conhecido como Futebol 7, ou apenas Fut 7, o brasileiro Henrique Wruck, de 26 anos, foi eleito o melhor jogador do mundo em 2014, pelo Football 7 Worldwide, órgão internacional da categoria.

Mas, antes de chegar ao Fut 7, o jogador do Fluminense precisou percorrer um longo caminho. “Comecei a jogar futsal no Flamengo aos 6 anos. Passei por Hebraica, Tio Sam, Fluminense, Portuguesa e América, até voltar ao Flamengo. Além disso, entre 2010 e 2011, joguei no Mesina, da Itália”, conta o atleta.

Contudo, apesar do sonho de ser jogador, o lado financeiro fez com que ele deixasse o futsal em 2012. “Saí do Flamengo com seis meses de salários atrasados”, revela Wruck, que também tentou a vida nos gramados. “Tentei jogar pelo Bangu em 2010, mas não me adaptei”.

Com as constantes idas e vindas pelas quadras e pelos gramados, a solução para a carreira acabou aparecendo em uma brincadeira entre amigos. “Em uma pelada, o nosso técnico, Marco Fialho, me viu jogar e me chamou para fazer parte de um grupo de Fut 7 que ele estava montando, chamado Serra Macaense”, revela o jogador.

Após o sucesso na equipe, o atleta passou ainda pelo América, em 2013, até chegar ao Fluminense, no ano passado, quando o jogador teve as maiores conquistas. “Na Liga das Américas, disputada no Peru, vencemos o Sidekicks, do México, por 3 a 2, na final. Eu marquei o terceiro gol da partida”, conta o meio-campista, camisa dez das Laranjeiras.

Além do título, o Fluminense venceu ainda a Liga Nacional e ficou em segundo lugar na Copa do Brasil e no Brasileiro. Com os bons resultados, Wruck espera seguir no esporte. “Já tive chance de voltar ao futsal e ao campo, mas preferi o Fut 7. Hoje eu não mudaria”, garante o jogador, que já traça os próximos passos no esporte. “Vou me esforçar para manter tudo que eu conquistei”, garante.

Contudo, Wruck faz uma crítica ao esporte. “Se eu pudesse mudar algo, mudaria o calendário, pois não temos datas fixas de competições. Já tivemos atletas que não puderam jogar alguns campeonatos porque não foram liberados do trabalho. Além disso, mesmo com remuneração, é difícil que algum jogador possa viver disso atualmente”, ressalta o atleta.

O Fluminense tem uma comissão técnica com seis membros, e um grupo de 27 atletas – no Futebol 7, o time titular atua com seis jogadores na linha e um goleiro. Os treinos ocorrem na Uerj, no campus do Maracanã, às segundas e quartas-feiras, das 21h às 22h30, e às sextas, das 20h às 22h.

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