Brasil e Estados Unidos debatem crise humanitária na Venezuela

Michel Temer e Mike Pence firmaram acordos e trataram de cooperação entre os países

Brasil e Estados Unidos debatem crise humanitária na Venezuela

Um reunião bilateral nesta terça-feira (26), o presidente da República, Michel Temer, e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, debateram temas em comum, como segurança, democracia, investimentos e a crise humanitária que ocorre na Venezuela.

Como forma de apoiar a força-tarefa do Governo do Brasil para acolher os imigrantes, Pence anunciou que o país destinará mais US$ 10 milhões para o suporte de imigrantes venezuelanos, sendo US$ 1 milhão diretamente para o Brasil.

Ainda em relação ao fluxo migratório no mundo, os governantes informaram que os países trabalham em parceria para reunir as crianças brasileiras que foram detidas e separadas dos pais ao tentar entrar em território norte-americano de forma ilegal.

De acordo com Temer, o Governo do Brasil poderá colaborar com o transporte dos menores de volta ao País, caso seja o desejo das famílias, e continuará em contato com as autoridades norte-americanas.

Comércio

Outro tema debatido no encontro foi a isenção das tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelos EUA, medida que fortaleceria o comércio. O presidente norte-americano, Donald Trump, determinou a cobrança de uma sobretaxa de 25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio que são comprados pelos EUA de outros países.

Em maio, o Departamento de Comércio anunciou que a nova regra não se aplicaria ao Brasil inicialmente. Os dois países possuem ligações econômicas fortes, com comércio bilateral que movimentou US$ 51 bilhões em 2017.

Transporte aéreo

Como forma de eliminar barreiras entre os países, foi assinado ainda acordo sobre Transportes Aéreos, conhecido como acordo de Céus Abertos. A partir do documento, será possível sobrevoar o território do outro país sem pousar.

A medida também determina o fim do limite da frequência de voos entre os países, o que vai permitir maior competição entre as empresas e maior número de frequências aéreas.

Além da assinatura do acordo, Brasil e Estados Unidos também discutiram a aproximação entre a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Nasa, para impulsionar projetos estratégicos entre os países.

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