Botafogo muda o símbolo para mensagem especial de Dia das Mães

Vitor Silva/Botafogo

Botafogo muda o símbolo para mensagem especial de Dia das Mães

O quanto vale a luta de uma mãe? Para o Botafogo, vale até mesmo mudar o símbolo mais antigo e importante do clube: o próprio escudo. Antes da partida contra o Fluminense, a Alvinegro entrou em campo com uma camisa sem a famosa Estrela Solitária no distintivo do time. Foi uma maneira de homenagear as 11,6 mães que criam seus filhos e filhas sozinhas no Brasil, as grandes estrelas solitárias de nossa sociedade.

Conduzidos pelo capitão Joel Carli, os jogadores do Alvinegro carregaram uma faixa que lembrou essa triste estatística. Nela, a mensagem: “A estrela solitária saiu do escudo para lembrar de outras: as 11,6 milhões de mães que criam seus filhos sozinhas. Estamos com elas”. A ação foi uma parceria com a ONU Mulheres, para dar voz à campanha HeForShe, que defende a igualdade de gênero.

Fluminense e Botafogo protagonizaram o Clássico Vovô pela quarta rodada do BrasileirãoErik entrando em campo com a camisa alterada pela ação com a ONU Mulheres
Créditos: Vitor Silva/Botafogo

Presidente do Botafogo, Nelson Muffarej valorizou a mensagem transmitida pela ação e lembrou que, dentro de campo, estão sempre vários filhos de mães solitárias Brasil afora.

– O Botafogo faz questão de usar a força da instituição para dar luz a essa importante causa. Essa ação é a forma que encontramos para homenagear as mães nesse dia especial. O futebol é dominado por exemplos de mães solitárias que lideram famílias com muito sacrifício. A nossa campanha vem para ajudar a romper as barreiras existentes – destacou o presidente do clube.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 11,6 milhões de famílias são formadas por mulheres sem cônjuge e com filhos. São mães que criam os filhos sozinhas, acumulando uma série de funções e responsabilidades. A maior parte delas é formada por mulheres negras e de baixa renda, que se encontram em situação de alta vulnerabilidade social. Representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino ressaltou que a campanha é pelo direito das mulheres, mas chama atenção para uma maior participação dos homens.

– A campanha Estrelas Solitárias não somente dá visibilidade a essa realidade crescente, como faz o chamamento público para que os homens assumam a sua responsabilidade como pais e cuidadores, fazendo advocacia para o fim da ausência dos homens na sua condição de pais – explicou.

Fluminense e Botafogo protagonizaram o Clássico Vovô pela quarta rodada do BrasileirãoO escudo do Botafogo sem seu símbolo maior: a Estrela Solitária
Créditos: Vitor Silva/Botafogo

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