Bélgica condena jihadista filho de brasileira a 5 anos de prisão

Redação PH

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Bélgica condena jihadista filho de brasileira a 5 anos de prisão

O jovem belga de origem brasileira Brian De Mulder, foi condenado nesta quarta-feira (11) na Bélgica a cinco anos de prisão por envolvimento com um grupo jihadista que incentivou a violência islâmica na Síria e enviou jihadistas para o país.

Brian, que é filho de uma brasileira, está desaparecido desde que deixou a Autuérpia. Sua mãe acredita que ele está na Síria.
Outros 45 suspeitos de pertencerem à organização Sharia4Belgium também foram julgados. Fouad Belkacem, líder e antigo porta-voz da Sharia4Belgium, foi condenado a 12 anos de prisão.

Ozana Rodrigues, mãe Brian De Mulder, mostra foto de seu filho do lado de fora da corte da Antuérpia onde ocorre julgamento, em foto de 29 de janeiro (Foto: Yves Herman/Reuters)

Segundo a promotoria, a organização Sharia4Belgium enviava recrutas para grupos militantes como o Estado Islâmico.

Segundo o jornal belga “De Standaard”, apenas sete suspeitos estiveram presentes no tribunal. Os outros ou estão foragidos ou já morreram.

De acordo com as autoridades belgas, cerca de 350 nacionais do país foram lutar na Síria ou no Iraque, o maior número per capita da Europa. Eles estimam que 10% destas pessoas tinham alguma ligação com a Sharia4Belgium.

A segurança foi reforçada do lado de fora da corte onde foi divulgada a sentença, na Antuérpia.

Brian de Mulder, nascido na Bélgica de mãe brasileira (Foto: Reprodução/TV Globo)

Filho de brasileira

A mãe de De Mulder, a brasileira Ozana Rodrigues, afirma que ainda chora todos os dias pelo filho, outrora um jogador de futebol promissor. Ela acredita que ter sido dispensado por seu time aos 17 anos foi o que levou Brian à religião e depois à violência.

De Mulder se converteu ao islamismo e rapidamente se tornou muito devoto, adotando as vestimentas e os hábitos alimentares muçulmanos e criticando sua mãe e suas irmãs por se vestirem sem modéstia.

Um dia ele anunciou que queria ser voluntário para trabalhos de caridade na Síria: “Argumentei com ele dizendo que há muitas oportunidades aqui”, declarou Ozana. “Ele disse não querer porque todas as pessoas aqui são infiéis.”

Ela se mudou para Antuérpia, mas Brian manteve contato com seus amigos radicais. Um dia, segundo sua mãe, “fui ao quarto dele e vi que ele tinha ido embora. Eles tinham levado meu filho”.

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