O Banco Central reforçou a necessidade de aprovação das reformas econômicas para a queda da taxa básica de juros (Selic) e a estabilização da economia brasileira. Na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (6), a instituição ressaltou os sinais da reação da atividade econômica. Contudo, atribuiu sua retomada ao processo das reformas.
“A manutenção, por tempo prolongado, de níveis de incerteza elevados sobre a evolução do processo de reformas e ajustes na economia pode ter impacto negativo sobre a atividade econômica”, aponta o documento.
Na última semana, a diretoria do Banco Central manteve o ritmo de corte de juros e reduziu a Selic de 11,25% ao ano para 10,25% ao ano, em linha com a consistente queda da inflação nos últimos meses para um patamar abaixo do centro da meta perseguida pela autoridade monetária, de 4,5%.
Diante desse cenário, a economia brasileira reagiu no primeiro trimestre com o avanço de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa foi a primeira vez em dois anos de crescimento da economia.
De acordo com o documento, todos os membros do Copom enfatizaram a necessidade de aprovação e a implementação das reformas para a redução dos níveis inflacionários. “A aprovação e implementação das reformas […] são fundamentais para a sustentabilidade da desinflação”, apontou o BC.
Atualmente, a reforma da Previdência Social está prestes a ser analisada pela Câmara dos Deputados. Ela busca interromper o crescimento exponencial das despesas previdenciárias diante, principalmente, da adoção de uma idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres acessarem o benefício.
Ao mesmo tempo, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal analisa a modernização da legislação trabalhista, que garante a possibilidade de empregados e empregadores negociarem acordos coletivos mais vantajosos, gerando segurança jurídica e empregos.