Bactéria ameaça cavalos no Rio 2016

Redação PH

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Bactéria ameaça cavalos no Rio 2016

A poucos dias do evento-teste olímpico de hipismo, no dia 6 do mês que vem, a suspeita de que mais cavalos que estão no Complexo de Deodoro estejam contaminados com a bactéria que causa o mormo acendeu o sinal de alerta no Comitê Rio 2016.

A competição receberá 12 cavalos do Brasil apenas. Mesmo assim, observadores internacionais estarão no Rio de Janeiro – já que, em 2016, serão 315 animais do mundo inteiro, principalmente da Europa. A preocupação maior é convencer os observadores que as medidas de saúde animal que estão sendo tomadas no local sejam suficientes para impedir que os cavalos olímpicos se contaminem. Os mais valiosos chegam a custar cerca de 10 milhões de euros (R$ 36 milhões).

Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) afirmou que “está desenvolvendo um conjunto de atividades para salvaguardar a sanidade dos equinos que estarão nas competições olímpicas”.

Desde o início do ano, dois exames em cavalos que estavam no Setor 4 do Complexo Militar de Deodoro – que abrigava 141 animais – deram positivo para a bactéria burkholderia mallei – que causa o mormo.

Apesar da alta letalidade da doença (que pode infectar até o homem), o Comitê Rio 2016 explica que o local das provas de hipismo está isolado desde fevereiro, quando foi decretado o chamado “vazio sanitário”. Para a competição de agosto e os Jogos Olímpicos, a organização garante que não há riscos.

Nas últimas semanas, o Mapa, a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária e o Exército organizaram uma força-tarefa para fazer testes em aproximadamente 565 animais que estão no Complexo Militar, fora da área de vazio sanitário. Uma primeira análise já foi feita e, nos próximos dias, os animais passarão por um novo procedimento. Segundo o Mapa, a expectativa é de que as investigações estejam terminadas até outubro – três meses depois do evento-teste, portanto.

Exames preliminares

A demora em divulgar os dados em análise pode estar relacionada com o resultado preliminar. Cerca de 20% dos cavalos teriam sido detectados com a bactéria – número duas vezes superior do que era esperado. De acordo com o Mapa “o mormo nos equinos, asininos e muares é passível de aplicação das medidas de defesa sanitária animal, sendo obrigatório o sacrifício de todos os animais acometidos desta zoonose, por se tratar de uma doença incurável”.

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