Apesar de Rondonópolisser a segunda economia de Mato Grosso e ter uma população estimada em 215 mil habitantes, segundo censo do IBGE/2015, o município vem enfrentando nos últimos anos carências em diversos setores da saúde pública oferecidos ao cidadão.
Para debater esse assunto com os rondonopolitanos, o deputado José Carlos do Pátio (SD), propôs à Mesa Diretora a realização de uma audiência pública. Mas a data e o local para a discussão ainda não foram definidos.
Entre os assuntos a serem debatidos está o contrato com a Organização Social de Saúde São Camilo. Segundo o parlamentar, é preciso discutir a contratualização com essa OSS. Ele quer saber, também, da Secretaria de Estado de Saúde, porque está demorando a instalação do tomógrafo no Hospital Regional.
Outra pauta que será discutida com a população é a de exames de ressonância magnética. Segundo Pátio, as empresas não estão aceitando o valor do Sistema Único de Saúde (SUS), com isso, a população precisa se deslocar 210 km até Cuiabá para a realização desses procedimentos.
O parlamentar ainda está preocupado com a inserção de cirurgias de alta complexidade, principalmente as de ortopedia e de traumatologia. Para Pátio, essas cirurgias precisam ser implantadas no Hospital Regional de Rondonópolis.
Na audiência, as autoridades políticas e a sociedade também discutirão a Farmácia de Alto Custo. Segundo ele, o suprimento de medicamentos não está regular. A maioria dos pacientes que se utiliza esse produto o faz de forma contínua e a interrupção dos remédios pode causar danos irreversíveis à saúde.
Pátio questiona ainda a diferença no custo de convênio da Secretaria de Estado de Saúde com a Santa Casa de Misericórdia e o Hospital São Benedito. O primeiro recebe o menor valor leito/dia. Enquanto o valor pago para a Santa Casa é R$ 561, o São Benedito recebe do SES o montante de R$ 2,011 mil.
Para a audiência pública serão convidados o governador Pedro Taques (PSDB); o secretário de Estado de Saúde, Eduardo Bermudez; o prefeito Percival Muniz, vereadores, associações, sindicatos, representantes do Judiciário e do Ministério Público e, ainda, a população rondonopolitana.