Audiência Pública na AL discute a privatização dos bancos públicos e seus reflexos

Redação PH

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Audiência Pública na AL discute a privatização dos bancos públicos e seus reflexos

Mostrar a necessidade de fortalecimento dos bancos públicos e as implicações do desmantelamento do setor que vem ocorrendo nos últimos tempos, além de buscar medidas para evitar o fechamento de agências e o desemprego no setor. Estes foram os objetivos da audiência pública requerida pelo deputado estadual Valdir Barranco (PT) e que ocorreu na última quinta-feira (24) na AL.
Com o slogan “Somos todos Bancos Públicos”, representantes do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) colocaram em evidência o processo de desmonte destas instituições pelo atual governo federal e pelo congresso. “Os programas de demissão voluntária, o fechamento de agências e de setores internos estão sucateado os bancos públicos com objetivo de privatizar o setor. Medidas que favorecem o mercado financeiro e desestabilizam programas sociais como os da casa própria, por exemplo”, alertou Clodoaldo Barbosa, presidente do SEEB-MT.
A coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, Maria Rita Serrano, foi a palestrante do dia. Segundo ela, “a política atual corta investimentos para as pequenas e médias empresas (via BNDES) esvaziando os fundos constitucionais, além de usar bancos públicos (federais e estaduais) como moeda de troca para pagamento de dívidas da União sob o argumento de ajuste fiscal.”
"Defender os bancos públicos é defender o Brasil. É defender estas instituições como ferramentas para desenvolvimento econômico com distribuição de renda. Se antes tínhamos um modelo de bem-estar social voltado à população mais carente, com estímulo ao crescimento (programas sociais através da Caixa e do BB, por exemplo), hoje o que se tem é um modelo de Estado mínimo, voltado apenas ao capital privado”, avalia Maria Rita Serrano.
O deputado Valdir Barranco reforçou os argumentos. “Todos sabemos da importância do Banco do Brasil, por exemplo, nos programas de crédito rural que ajudam no desenvolvimento do país. Da necessidade de fortalecer o BNDeS, desde que volte a cumprir seu papel de agente do desenvolvimento econômico. Não podemos permitir que a Caixa seja desmantelada. É esta importante instituição que administra o FGTS, o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida… além de financiar a educação superior para os mais pobres. Não podemos permitir o sucateamento destes bancos, tampouco que sejam entregues ao setor privado beneficiando apenas o capital.”
Funcionários da Caixa Econômica Federal, Luiz Edwirges e Jonh Gordon, ambos diretores do Seeb/MT, destacaram “que o momento de mobilização e unidade”. “Precisamos dialogar com os trabalhadores e com os clientes dos bancos se quisermos mudar este quadro. Temos que ir pras ruas lutar pelo que é o nosso: defender os bancos públicos que beneficiam à sociedade. Não podemos aceitar esse acharque do Governo. Só com o apoio de toda a sociedade poderemos dar um basta nesta situação”, ressaltou Gordon.
Alex Rodrigues, secretário Geral do Seeb/MT e funcionário do Banco do Brasil, falou da concentração de renda. “Vivemos um capitalismo brutal onde tudo que é produzido com a exploração do trabalhador vai para as mãos de um pequeno grupo. Toda a riqueza fica concentrada nas mãos de apenas 65 grandes empresas provocando todo este desequilíbrio social que vivemos. Não podemos deixar que os programas sociais geridos pelos bancos públicos passem às mãos deles também”, concluiu.
O presidente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec/ Centro Norte) e presidente dos Bancários de Rondônia, Cleiton dos Santos Silva, parabenizou o Seeb/MT e o deputado estadual Valdir Barranco (PT) pela realização da audiência. Ele lembrou que durante o governo Lula “os bancos públicos tiveram papel fundamental no ataque à crise econômica sendo usados como ferramenta balizadora do mercado financeiro e do desenvolvimento do país.”

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