Audiência pública debate produção de etanol de milho no Centro-Oeste

Audiência pública debate produção de etanol de milho no Centro-Oeste

Audiência pública debate produção de etanol de milho no Centro-Oeste

A produção de etanol de milho no Centro-Oeste, indústria com perspectiva de produção total de R$ 2,5 milhões por ano e criação mais de quatro mil empregos diretos, foi tema de uma audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado nesta terça-feira, 27. A sessão foi requerida e presidida pelo senador Cidinho Santos (PR/MT).

O combustível extraído a partir do milho é uma alternativa importante para implantação da Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio) e para o cumprimento das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) pelo Brasil no Acordo de Paris.

Isso porque o etanol de milho é um combustível ecologicamente sustentável e ajuda na redução dos Gases do Efeito Estufa (GEE) ao substituir combustíveis fósseis como a gasolina.

O milho tem alta capacidade de produção, gerando mais de 400 litros de etanol por tonelada. Uma vantagem destacada na audiência é o aproveitamento dos subprodutos: essa tonelada ainda produz 300 kg de ração para aves, suínos e bovinos, 18 litros de óleo de milho e ainda pode ser transformado em energia elétrica.

Com a produção conjunta com a cana-de-açúcar, o Brasil conseguiria produzir etanol o ano todo, dando mais estabilidade de preço ao consumidor final e aproveitando melhor o nosso parque industrial.

A cana-de-açúcar precisa ser moída em até 24 horas após a colheita, e por isso, as usinas só funcionam 8 meses por ano. A vantagem do milho é a estocagem, garantindo uma produção contínua.

A industrialização do milho ainda é benéfica para a balança comercial do Brasil, já que o país deixaria de importar petróleo, e gera riquezas internamente, através de impostos. Os estudos mostraram que no médio prazo, a cadeia pode gerar R$ 910 milhões em PIB.

Participaram da audiência o coordenador-geral de etanol do Ministério de Minas e Energia (MME), Marlon Leal, o diretor de Monitoramento de Ações em Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Adriano Santhiago, o diretor da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Maria dos Anjos, Marcelo Moreira, representante da empresa Agroicone, o assessor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Pietro Mendes e o assessor da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rogério Fonseca.

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