Atualização do cadastro de doadores de medula dobrou durante a pandemia

Rovena Rosa/Agência Brasil

Atualização do cadastro de doadores de medula dobrou durante a pandemia

As atualizações cadastrais no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) durante a pandemia dobraram em outubro – comparado ao mês de agosto deste ano – chegando a 10 mil dados atualizados de doadores. Em setembro, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, celebrou o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea e chamou atenção da necessidade dos doadores de medula em deixar seus dados atualizados no Redome, para pronto contato, caso haja compatibilidade para transplante. A ação foi determinante para o aumento expressivo nas atualizações dos registros de doadores.

No ano passado foram realizadas no país cerca de 138.310 atualizações cadastrais via site redome.inca.gov.br. Neste ano, de janeiro até outubro, elas chegaram a 75.049. Atualmente, existem 719 pessoas que aguardam uma medula óssea compatível. Por isso, manter o registro atualizado no Redome é fundamental, pois aumenta, de forma significativa, a chance de localizar um doador, que, muitas vezes, é a única alternativa para um paciente.

O Registro reúne todos os dados dos voluntários à doação para pacientes que não possuem um doador na família, como nome, endereço, telefones de contato e resultados de exames de compatibilidade genética. Quando não há um doador aparentado de medula óssea, a solução para o transplante é procurar uma pessoa compatível, e isso é feito no banco de registros de doadores voluntários em todo, representados por diversos grupos étnicos.

De acordo com a médica e Coordenadora Técnica do Redome, Danielli Oliveira, a atualização do cadastro representa uma etapa fundamental no complexo processo que se inicia com a identificação de uma pessoa potencialmente compatível e termina com a realização do transplante. “Ainda que os números observados este ano estejam abaixo do que foi alcançado em 2019, eles representam um resultado positivo desta iniciativa e o reconhecimento da sociedade em geral, e dos doadores do Redome em particular, da importância de mantermos a atividade do registro, apesar de todas as dificuldades e incertezas enfrentadas em 2020”, disse.

Para realizar a atualização de dados basta acessar o site do Redome, ou entrar em contato pelos telefones (21) 2505-5656/ 2505-5639 / 2505-5638.

Os Hemocentros Regionais, mais conhecidos como Bancos de Sangue, são responsáveis por cadastrar os interessados em se tornar doadores de medula óssea. Os dados são agrupados em um registro único e nacional, o REDOME – http://redome.inca.gov.br

PIONEIRISMO

Com cerca de 5,3 milhões de doadores, o Brasil possui, hoje, o terceiro maior registro de doadores do mundo, atrás dos Estados Unidos e da Alemanha. Atualmente, no mundo há mais de 37 milhões de doadores de medula cadastrados.

No entanto, apesar do pioneirismo do Redome em ações voltadas para o aumento de doadores e a manutenção dos registros atualizados, trata-se de um desafio para todos os grandes bancos de doadores no mundo.

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