Atletas de projeto da PM Sinop embarcam para o Panamericano

Delegação do projeto da PM está confiante para disputar o Panamericano

Atletas de projeto da PM Sinop embarcam para o Panamericano

Confiantes em trazer um bom resultado para Mato Grosso, 13 atletas do projeto Krav Thai Kick Formando Cidadãos, da Polícia Militar de Sinop, embarcaram nesta quarta-feira (22.08) com destino a São Paulo, na cidade de Santa Isabel, onde disputarão os jogos do Panamericano de Artes Marciais, que acontecerá no próximo final de semana (24 a 26.08).

Dois do grupo, o professor Genivaldo José da Silva e a aluna Lauana Sabino, 16 anos, participarão também do Campeonato Brasileiro de Boxe, no dia 25.08, em Palmas (TO), e em seguida, embarcam para o Panamericano.

“Vamos perder cursos e a pesagem dos competidores, mas já mandamos a pesagem para não ficarmos fora do Panamericano. O Campeonato Brasileiro vale vaga para as Olimpíadas do Japão, no final de outubro deste ano”, explicou Genivaldo José da Silva, o professor Gibi.

Em Tocantins, o professor Gibi, que é campeão mundial por três vezes, disputará três cinturões. E a aluna, três modalidades.

No grupo dos 13, há atletas campeões Sul Americano, portanto, com certa experiência. Mas, para três, será a primeira vez. O tenente coronel Mariowilian Ribeiro Fuginaka, que comanda o 11º BPM e idealizador do projeto, é um deles, e enfrenta a sensação de frio na barriga, comum em estréia.

“Com certeza não podia ser diferente a sensação de disputar o Panamericano. Das outras vezes sempre acompanhei os alunos, como treinador deles e agora veio o convite, e lógico, estou indo com a expectativa de vencer esse desafio”.

“Sabemos que não é fácil, é uma experiência nova, vamos com o objetivo de aproveitar ao máximo, de representar bem o estado de Mato Grosso, o nome da Polícia Militar, do Projeto, para que possamos levar esses exemplos para outros jovens, especialmente de Sinop, para que percebam que as ações boas surtem efeitos e frutos”, frisou o militar.

Mariowillian começou no exporte por questão de saúde, querendo fazer a parte física, mas com o tempo foi aprendendo, foi gostando até que surgiu a vontade de praticar de forma mais assídua.

“E o envolvimento junto ao projeto social, da gente ser espelho para esses alunos foi ganhando espaço. E, depois, o professor Gibi fez o convite para participar como atleta”.

“Independente do resultado dessa competição, vejo que a questão da vitória é uma conseqüência a mais, é o bônus de todo o esforço”, pontuou ele.

Para ele, o fato de levar 13 atletas de Sinop para um Panamericano, com certeza já tem uma reprodução grande para os que ficaram. “Quando esses alunos retornarem contanto as experiências já será um ponto muito positivo”.

“Muitos nunca saíram da cidade de Sinop e hoje têm essa oportunidade de ir para outro Estado e representar, e competir. Com certeza a produção positiva vai ser muito grande”

Lauana que disputará uma vaga em Tocantins, para as Olimpíadas do Japão, também vai pela primeira vez a um Panamericano. “A expectativa é muito grande para o Pan. E a gente espera

ganhar para trazer o título. A gente treina muito, o professor incentiva bastante, isso nos faz acreditar e ter vontade de competir”, revelou.

Sérgio Araújo Souza, 21 anos, atleta da Academia, é outro que enfrenta a expectativa da estréia.

“Não vou negar que estou bem nervoso e ansioso também, mas feliz com a oportunidade, e com a expectativa de ganhar. Você treina o suficiente para chegar lá e ter uma vitória. Eu acredito, que, mostrando confiança e respeitando o adversário eu vou conseguir um bom resultado”.

“Perdendo ou ganhando eu espero aprender alguma coisa, sair de lá mudado em alguma coisa. Eu acredito que estou preparado e vou fazer o meu melhor, sei que o meu adversário também treinou, se qualificou, sei que vai ser uma batalha dura, mas farei o meu melhor”, declarou Sérgio.

Também integra a delegação mato-grossense alguns campeões Sul Americano. Crislainy da Silva é instrutora, competidora e uma delas, já passou diversas vezes por competições. No entanto, se emociona com os alunos.

“É novo, ainda mais com essa juventude. A gente fica mais tensa vendo eles lutando do que quando estamos no rinque lutando, porque se for a gente, vamos lá e mostramos o que sabemos. E fora não, a gente quer que eles façam o que ensinamos e as vezes fazem tudo ao contrário, aí ficamos super tenso. Mas treinamos para encarar essas experiências”, relatou.

Segundo a treinadora, a gurizada que está indo é muito capaz, focada, e sabem da cobrança. “Eu acredito que vai vir muitos títulos, como sempre”, afirmou.

Vários países participam do Pan, como Argentina, Chile, Paraguai, Bolívia, entre outros, além do Brasil.

Vitoriosos

O projeto Krav Thai Kick Formando Cidadãos, da Polícia Militar de Sinop, desenvolvido em parceria com a Academia Anjos do Muay Thai já é vitorioso, diante dos desafios financeiros vencidos para estar no Panamericano.

Além dos professores, contou com a participação dos pais, um deles vai acompanhar a competição em apoio ao filho, outros se desdobraram para adquirir a passagem para realizar esse sonho. O projeto não tem patrocínio, e conta com apoio de voluntários.

Na verdade, os pais são os parceiros número 1, desde o início do ingresso no projeto. O aprendizado recebido precisa de continuidade em casa. No caso, os pais têm papel fundamental para que tudo de certo. “Nós só somos uma ferramenta nessa estrutura”, disse o Mariowillian.

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