O ativista LGBT+ suspeito ter oferecido sexo oral a um menino de 13 anos em um banheiro de shopping em Santos foi candidato a vereador pelo PCdoB na eleição de 2020. Em 6 de junho, ele foi detido por suposta tentativa de estupro de vulnerável. De acordo com o boletim de ocorrência, ao utilizar um dos boxes do banheiro, o menino ouviu uma voz masculina que o perguntou se ele queria sexo oral. Ao sair do boxe, o menino viu o rosto do suspeito que teria deixado a porta entreaberta.
O suspeito disse à polícia que não sabia que havia um menor no boxe do lado e que ainda fez uma piada quando a vítima bateu a porta. Ele perguntou ao menino se não queria bater da mesma forma nele e “se quisesse mais de alguma forma sexual, ele (o suspeito) ficaria feliz”.
A mãe da vítima relatou nas redes sociais que o filho saiu correndo do banheiro e contou a ela o ocorrido. Ela chamou os seguranças do shopping e esperou que o suspeito saísse para detê-lo e aguardar pela polícia. A reportagem entrou em contato com o PCdoB para pedir posicionamento e aguarda retorno.
Na última sexta-feira (7), o CONLGBT (Conselho Municipal de Políticas LGBT+ de Santos) divulgou que o suspeito havia pedido afastamento do cargo que exercia de conselheiro e “foi prontamente atendido”. “Entendemos a gravidade da situação e estamos comprometidos a ajudar as autoridades no que for preciso para que se realize uma investigação minuciosa e imparcial”, afirmou o conselho em nota. Veja a íntegra abaixo.
“O CONLGBT vem a público manifestar que está ciente do suposto caso de assédio envolvendo um de seus conselheiros. Informamos que tal conselheiro já solicitou o seu afastamento, no que foi prontamente atendido por este conselho.Em primeiro lugar, repudiamos, veementemente, qualquer forma de comportamento ilícito ou desrespeitoso, seja LGBTQIA+ ou não.Entendemos a gravidade da situação e estamos comprometidos a ajudar as autoridades no que for preciso para que se realize uma investigação minuciosa e imparcial. Ressaltamos aqui, a importância de garantir o devido processo legal, bem como o direito à ampla defesa e ao contraditório para apuração dos fatos.Por fim, é necessário apontar que é descabido relacionar o suposto comportamento criminoso com a orientação sexual do seu eventual autor e, muito menos, com toda comunidade LGBTQIA+”.