Assembleia e Tribunal de Justiça se unem no combate à violência contra mulher

Assembleia e Tribunal de Justiça se unem no combate à violência contra mulher
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Assembleia e Tribunal de Justiça se unem no combate à violência contra mulher

A violência contra mulher é uma realidade, mas pode e deve ser combatida. Para isso, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) se uniram para levar informações e sensibilizar a população para denunciar os crimes de violência contra a mulher. Uma campanha publicitária, denominada “Violência contra mulher. Uma tragédia anunciada”, conta histórias reais de vítimas de violência para evitar que mais mulheres sejam assassinadas.

A união dos poderes Legislativo e Judiciário busca utilizar a comunicação pública como instrumento de cidadania para a população. O núcleo de publicidade da Secretaria de Comunicação da ALMT desenvolveu a campanha a partir dos dados e histórias fornecidas pelo TJMT. São casos de violência doméstica contra a mulher que tramitam ou tramitaram na Justiça estadual.

Para o presidente da ALMT, deputado estadual Eduardo Botelho (PPS), a atuação da instituição em parceria com o Tribunal de Justiça busca coibir a violência contra a mulher. “Estamos dando continuidade a esta parceria com maior ênfase devido à gravidade e crescimento nos casos de violência contra a mulher. E a campanha mostra o histórico da violência e a necessidade de encerrar o ciclo”, destaca o deputado.

A desembargadora do TJMT e responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher (Cemulher), Maria Erotides, explica que a união dos dois Poderes tem por objetivo potencializar o resultado da campanha e conta que os casos de violência contra mulheres recebem uma atenção especial dentro da Justiça.

“Seguimos a orientação do Conselho Nacional de Justiça e instituímos o Cemulher. É uma forma de dar mais celeridade aos processos e capacitar os servidores das varas de violência doméstica sobre as políticas de enfrentamento da causa”. Ainda de acordo com a desembargadora, o Tribunal de Justiça participou de todo o processo de elaboração da campanha, primeiro selecionando as histórias e acompanhando o processo criativo da campanha.

A secretária da Secom ALMT, Rosimeire Felfili, explica que esta não é primeira vez que o Legislativo se une a outros poderes para desenvolver ações de conscientização e debate com a sociedade. “Aproveitamos nosso corpo técnico e infraestrutura da Secom para propor campanhas publicitárias que tenham caráter educativo e de relevância social”, explica Rosimeire Felfili.

Segundo o secretário-adjunto da Secom ALMT, Everaldo Jota, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça têm um objetivo comum: combater a violência contra a mulher. Para ele, a comunicação pública possui um papel estratégico na prevenção, diminuição e no combate à violência contra mulheres e violência de gênero. “Ainda acreditamos que esta campanha possibilita novas agendas e novas deiscussões sobre o tema, que é um problema social e de saúde pública”, finalizou.

A Campanha – Todo o conceito, arte e roteiro das peças e vídeos foram desenvolvidos pelo núcleo de publicidade da Secom. O gerente do setor, Ricardo Sardinha, conta que após um reunião com a equipe ficou definida a linha de atuação e se iniciou o processo de criação. “O Tribunal de Justiça nos enviou os dados e montamos um roteiro de artes e vídeos. São quatro histórias que se encerram com um atestado de óbito, justamente para mostrar que a violência dá sinais e é preciso agir antes que seja tarde”.

O publicitário Yuri Caseiro fez o roteiro da campanha e explica que a ideia de utilizar os fatos reais surgiu depois de conhecer os processos. “A realidade é tão forte que não é preciso utilizar recursos gráficos ou a ficção”, revela.

A campanha estreou nesta semana e está em veiculação na televisão, nas redes sociais e publicadas em mídias imprensas e virtuais.

Outros Cases – Esta não é primeira parceria entre a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça. Em 2014 os dois órgãos encabeçaram a campanha “Difícil mesmo não é criar filhos, é crescer sem pais” para explicar e divulgar o Projeto Padrinhos. Na época a iniciativa teve grande repercussão e atraiu pessoas interessadas em apadrinhar crianças que desconheciam a possibilidade.

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