Assad defende governo de transição na Síria com poder e oposição

Redação PH

Redação PH

retórica de trump é xenofóbica, e não populista, afirma obama

Assad defende governo de transição na Síria com poder e oposição

O presidente sírio, Bashar al-Assad, defendeu nesta quarta-feira (30) um governo de transição que reúna as forças pró-regime e opositoras, em uma entrevista à agência de notícias pública russa Ria Novosti. A ideia foi imediatamente rejeitada pela oposição, que exige que o chefe de governo deixe o poder.

Seria "lógico que as forças independentes, assim como as forças de oposição, e as que são leais ao poder, estivessem representadas", afirmou Assad, que e se disse confiante nas negociações de paz de Genebra para "resolver" a questão da distribuição de pastas ministeriais.

O presidente sírio também considerou que "um projeto de Constituição", igualmente exigido pela ONU, poderia ser elaborado em algumas semanas. Moscou e Washington esperam um esboço de projeto até agosto.

O presidente sírio também afirmou que os danos materiais provocados no país pela guerra desde seu início, em 2011, superaram os 200 bilhões de dólares, e anunciou que as empresas dos principais aliados da Síria – Rússia, Irã e China – serão as primeiras convidadas a participar na reconstrução do país.

Ele acrescentou ainda que, embora os problemas econômicos possam ser resolvidos quando a situação se tornar mais estável, reparar as infraestruturas "levará muito tempo".

Pressão internacional

O presidente sírio tem sofrido pressão internacional para incluir representantes da oposição no "órgão de transição" que, segundo o roteiro determinado pela ONU, deve ser elaborado durante as negociações de Genebra.
O papel deste órgão de transição – um governo estendido segundo o regime, um órgão de plenos poderes no qual Assad não teria qualquer participação segundo a oposição – constitui um dos principais pontos de bloqueio.

O chefe da delegação de oposição nas negociações de Genebra, Assaad al-Zoabi, declarou à AFP que "as resoluções internacionais falam (…) da formação de um órgão de transição dotado de plenos poderes, incluindo poderes presidenciais (…) Assad não deve permanecer sequer uma hora a mais após a formação" deste órgão.

Já o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, estimou que o presidente sírio não deve integrar qualquer governo provisório de união, considerando "estar fora de questão" tal participação.

+ Acessados

Veja Também