Apple quer que acionistas votem contra mulheres e negros para posições de chefia

Redação PH

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Apple quer que acionistas votem contra mulheres e negros para posições de chefia

Ano passado, o CEO da Apple, Tim Cook, afirmou através de um relatório de diversidade que ainda há muito a ser feito na empresa em relação a este quesito, porém, apesar de suas palavras, o conselho de administração da Apple estaria recomendando aos acionistas que votassem contra o aumento da diversidade na gestão de topo (cargos de chefia) e também no conselho de administração, tudo isso antes de seu encontro que será realizado em Fevereiro.

Segundo o site Económico, toda a documentação encaminhada aos acionistas da maçã pode ser consultada no próprio site da empresa, com uma recomendação clara do “voto contra” por parte do conselho de administração para uma proposta que prevê o aumento da diversidade nos cargos de chefia. Apesar da Apple não ter comentado nada sobre o assunto, os fatos são claros: Grande parte dos membros da administração da empresa são homens, e de cor branca.

Essas informações são facilmente obtidas na internet, basta procurar. Dos oito membros do conselho de administração apenas três não são homens ou de cor branca: James Bell (negro, ex- presidente da Boeing), Susan Wagner (mulher, co-fundadora da Black Rock) e Andrea Jung (CEO da Grameen America). Os números são ainda mais alarmantes se considerarmos os colaboradores da Apple (incluindo os funcionários nas Apple Stores) — Ano passado, 54% destes contabilizavam pessoas brancas, número que aumenta notoriamente para 63% quanto passamos a considerar apenas os quadros executivos.José Bancaleiro, sócio e gerente da executive search Stanton Chase afirma que a Apple é um ótimo exemplo do que muitas empresas fazem hoje em dia, que é pregar a “diversidade” para passar uma imagem de “engajada em causas sociais”, mas na prática, isso acaba não acontecendo.

A cultura machista ainda impera no cenário empresarial, e isso não mudará nem tão cedo. O que nos deixa mais boquiabertos é que o próprio CEO da empresa, Tim Cook, é abertamente gay, por isso que, no final das contas, as minorias deveriam ser levadas em consideração com uma maior sensibilidade nesta empresa.

Acionistas da Apple já criticaram a gestão da empresa por ser “meticulosamente lenta” na questão do aumento da diversidade e representação de minorias em cargos de chefia e no próprio conselho de administração, afinal de contas, este último é uma das partes mais importantes da organização, e que pode influenciar diretamente no aumento ou diminuição da diversidade dentro da empresa.

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