Após reinauguração, Salgadeira recebeu 23 mil visitantes em dois meses

Salgadeira recebeu 23 mil visitantes em dois meses
Rodolfo Perdigão/Gcom-MT

Após reinauguração, Salgadeira recebeu 23 mil visitantes em dois meses

Mais de 20 mil pessoas visitaram o Complexo Turístico da Salgadeira desde que o espaço foi reinaugurado no final de junho. O número é considerado satisfatório e representa 28% do total de turistas que estiveram nas principais atrações de Chapada dos Guimarães entre janeiro e junho deste ano, 79.988, conforme a publicação Turismo em Números, realizada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).

De acordo com o representante da empresa concessionária, Bruno Souza Pereira, foram 15 mil turistas em julho, período de férias escolares, e 8 mil em agosto. Ele analisa que as áreas de banho, entre elas a cachoeira, estão menos concorridas do que se esperava.

A cada hora, os três locais disponíveis têm capacidade para receber 72 banhistas, sendo que em dois meses, foram 10 mil entradas, menos da metade dos visitantes.

Bruno avalia que grande parte dos usuários prefere ficar nas trilhas de contemplação, no restaurante e nas diversas áreas de entretenimento. “Eles geralmente esperam até o final do horário de funcionamento, 18h, para sair. Isto porque, querem tirar fotos nas trilhas com iluminação de LED”.

Para o próximo mês, a expectativa da empresa é incrementar o número de visitantes com realização de eventos culturais e exposições.

Segundo o titular da Sedec, Leopoldo Mendonça, o resultado positivo está ligado ao modelo de gestão do parque, escolhido de forma assertiva pelo governo e que refletiu na melhoria da qualidade e conforto aos usuários, sem a prática de preços abusivos.

“A população estava ansiosa para utilizar a área e tem avaliado de forma positiva as mudanças”.

O complexo estava fechado há 8 anos, devido a uma interdição judicial motivada por questões ambientais, e foi inaugurado em 30 de junho de 2018.

Além de atender todas as exigências da lei, o novo projeto acrescenta uma série de inovações, entre elas as trilhas e os espaços para exposições, bem como a contemplação das belezas naturais. A reconstrução custou R$ 12 milhões aos cofres públicos.

Com relação a gestão, o governo fez uma licitação para contratação de uma empresa concessionária, que ficará responsável pela manutenção, investimentos extras, limpeza, segurança e demais serviços, sendo que em troca, terá o direito de explorar os restaurantes, estacionamentos, banho e atrativos em geral.

Preços

Quem quiser chegar ao local de ônibus, a parada é em frente ao espaço. Mas, para quem for de carro, o custo de estacionamento é R$ 10, o dia todo.

Com relação à alimentação, o menu comtempla todos os gostos e bolsos, de maneira que as famílias mais numerosas podem optar por uma panela de galinha com arroz, que custa R$ 69 e atende até 4 pessoas. Ainda há opções de lanches, sucos e picolés.

Vale lembrar que, por enquanto, o banho não está sendo cobrado.

Dados do Turismo em Chapada

Dados da publicação Turismo em Números, elaborada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), mostram que de janeiro a junho 79.988 turistas visitaram um dos pontos turísticos de Chapada dos Guimarães.

Do total, 56.056 foram até o Véu de Noiva, 14.515 a Cachoeirinha/Cachoeira dos Namorados, 4.602 as demais cachoeiras, 2.452 a Cidade de Pedras, 1.821 ao Rio Claro, 514 em São Jerônimo e 28 em Travessia.

O secretário-adjunto de Turismo da Sedec, Jaime Okamura, afirma que a estatística vai nortear ações do governo.

“Por exemplo, descobrimos que as pessoas vão visitar os atrativos, porém não chegam a cidade e agora, temos que sentar com quem atua no setor de turismo na área urbana e identificar porque o fluxo não chega lá”.

“Será o preço? A carência de eventos? A falta de organização? Temos que identificar o problema e tentar sanar”.

Mais informações – No levantamento Turismo em Número também constam dados do setor hoteleiro.

De acordo com a pesquisa, houve a manutenção da média de ocupação no primeiro semestre deste ano. A porcentagem chegou a 54,26%, um pouco mais do que foi registrado no mesmo período do ano passado, exatos 50%.

Okamura analisa que o resultado é um reflexo do enfrentamento da crise pelos empresários do setor, que foram atingidos fortemente pela recessão em 2017, quando houve o fechamento de alguns estabelecimentos.

“Os hotéis estão se reorganizando e reinventando para pagar as contas e ainda serem atrativos ao público”.

Uma das estratégias utilizadas foram as promoções e pacotes, que atenderam o mercado e o tipo de turismo do estado, o de negócios. Tanto que entre os anos de 2016 e 2018, o peço médio da diária caiu, saindo de R$ 188,09 para R$ 179,46.

Okamura lembra que a estabilização do mercado também pode ser vista nos dados de embarque e desembarque nos aeroportos de Mato Grosso. A soma das chegadas e partidas foi de 1.439.521, enquanto no primeiro semestre de 2017 foi 1.397.991, o que representou um acréscimo de 2,9%.

Acesso ao relatório pelo link: http://www.sedec.mt.gov.br/-/7739706-turismo-em-numeros?ciclo=cv_turismo

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