Após ‘Charlie Hebdo’, Estado Islâmico ordena novos ataques

Redação PH

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Após ‘Charlie Hebdo’, Estado Islâmico ordena novos ataques

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) ordenou nesta segunda-feira (26) a realização de novos ataques contra os países ocidentais, elogiando os atentados executados pelos jihadistas, principalmente os ocorridos na França.

"Pedimos aos muçulmanos da Europa e do Ocidente infiel que ataquem em todos os lugares (…) nós prometemos aos cristãos que eles continuarão vivendo em estado de alerta, de terror, de medo e de insegurança (…) Vocês ainda não viram nada", afirmou Mohammad al-Adnani, porta-voz do EI em uma mensagem de áudio postada na internet, segundo informações da agência AFP.

Atentados realizados no começo de janeiro na França deixaram 17 mortos. Os irmãos Kouachi atacaram em 7 de janeiro a sede do jornal "Charlie Hebdo", matando 12 pessoas, em uma ação reivindicada pela Al-Qaeda na Península Arábica.

Amedy Coulibaly, por sua vez, matou um policial em 8 de janeiro e quatro pessoas em um supermercado judeu no dia 9, e disse pertencer ao grupo Estado Islâmico.

A ameaça aparece em meio a informações de importantes derrotas do Estados Islâmico em sua luta por territórios no Iraque e na Síria. Forças iraquianas disseram ter libertado Dijalah das mãos do EI, retomando o controle de todas as áreas povoadas desta província do leste do Iraque, anunciou um oficial do exército.

Mais cedo, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) informou que os combatentes curdos expulsaram os jihadistas do EI da cidade síria de Kobane, fronteiriça com a Turquia, depois de mais de quatro meses de combates.

"As unidades curdas de Proteção do Povo têm quase todo o controle de Kobane depois de expulsar os combatentes do EI", afirmou a ONG, destacando que os jihadistas recuaram para a periferia da cidade.

"Alguns jihadistas ainda combatem no extremo leste de Kobane, especialmente na periferia do bairro de Maqtala", afirmou ainda.

Segundo os analistas, trata-se da derrota mais importante do EI na Síria depois de sua aparição no conflito, em 2013. Este fracasso supõe um freio em sua expansão territorial.

Desde o início de sua ofensiva contra Kobane, em 16 de setembro, mais de 1.000 jihadistas perderam a vida.

Os combates, que deixaram mais de 1.600 mortos, e a determinação do EI em capturar esta cidade estratégica transformaram Kobane em um símbolo da luta contra este grupo extremista, que controla amplas faixas de território na Síria e no Iraque.

As forças curdas, em um primeiro momento pouco equipadas, se beneficiaram do apoio crucial dos bombardeios que a coalizão internacional encabeçada por Washington lança contra posições dos jihadistas desde 23 de setembro.

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