O dólar opera em queda nesta quarta-feira (29), após cinco dias consecutivos de ganhos, em dia de definição de juros no Brasil e nos Estados Unidos. Por volta das 16h30, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,3307, em baixa de 1,14%.
Os mercados aguardam a definição da nova taxa básica de juros brasileira, que será divulgada no final do dia. A expectativa é que a Selic tenha a sétima alta seguida e seja fixada em 14,5% ao ano. Se confirmado, será o maior nível desde agosto de 2006, quando estava em 14,75%.
Os investidores também avaliam a decisão do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) de manter no piso histórico, entre 0 e 0,25%, a taxa básica de juros do país.
No comunicado emitido ao final da reunião de dois dias, o Fed afirmou que a economia e o mercado de trabalho dos EUA continuam se fortalecendo, deixando a porta aberta para um possível aumento de juros na próxima reunião sobre política monetária, em setembro.
Preocupações com a situação fiscal do Brasil, após o governo cortar suas metas fiscais, vêm alimentando temores de o país perder seu grau de investimento, corroboradas pela piora da perspectiva da nota brasileira pela Standard & Poor's na véspera.
O avanço da bolsa chinesa nesta quarta-feira, após quedas fortes nas últimas sessões, também corroborava a tranquilidade, com o dólar caminhando de lado em relação às principais moedas emergentes.
Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,14%, a R$ 3,369, acumulando alta de 6,17% nos últimos cinco dias de negociação. Durante o dia, a cotação chegou a bater R$ 3,43 – o maior patamar desde março de 2003.