A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou nesta sexta-feira (16) que fará uma operação assistida na Voepass a fim de “manter a prestação do serviço [da empresa] em condições adequadas”. Em reunião com a companhia, a agência disse ter tratado sobre providências que serão tomadas para garantir a normalidade das operações depois do acidente aéreo ocorrido em 9 de agosto, em Vinhedo (SP), que deixou 62 mortos.
Com o gerenciamento da segurança, a Voepass terá que enviar dados de desempenho de sua frota à Anac, o que inclui eventuais interrupções mecânicas, indisponibilidades de aeronave ou dificuldades em serviço.
“No atual contexto pós-acidente aéreo, e considerando aspectos de fatores humanos, a Agência entende ser importante a intensificação da vigilância continuada e do monitoramento do serviço prestado pela empresa, estabelecendo parâmetros para evitar anormalidades na operação”, disse a Anac.
A decisão foi tomada uma semana após a tragédia no interior de São Paulo.
Na quinta-feira (15) a Voepass registrou um incidente em um avião que saiu de Rio Verde (GO) com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. O voo PTB-2211 declarou emergência às 18h54 e pousou no Aeroporto de Uberlândia (MG) às 19h14, no Triângulo Mineiro, a 535 km de Belo Horizonte.
A empresa disse que o avião apresentou “uma questão técnica”, sem dizer do que se tratou. “A aeronave pousou com todos os sistemas operacionais em funcionamento. A empresa informa que os 38 passageiros foram reacomodados para seguirem até o destino”, informou a Voepass.
Voepass
Em ofício ao governo federal, a Voepass informou que ativou um plano local de resposta à emergência e assistência às vítimas e seus familiares, bem como disse que colabora com as autoridades na investigação das causas do acidente.
Segundo a empresa, o plano ativado estabelece procedimentos específicos a serem seguidos em casos de desastres, o que foi implementado assim que o acidente aconteceu.