O amostrador de sementes é um dos responsáveis por introduzir no mercado variedades produtivas, melhor adaptadas e resistentes a doenças. Seu papel no processo de avaliação da qualidade da semente é fundamental para que os resultados de pureza, germinação e umidade sejam homogêneos e atendam as normativas especificas da Lei n° 10.711, de 2003.
Para capacitar esses profissionais responsáveis pela análise de sementes na região sul de Mato Grosso, a Associação dos Produtores de Sementes de Mato Grosso (Aprosmat) tem ofertado com frequência o curso de amostrador de sementes. O treinamento é ministrado por mestres, pesquisadores que levam conhecimento teórico e prático aos participantes. Nos treinamentos já foram capacitados cerca de 200 profissionais.
De acordo com a professora doutora da Universidade Federal de Lavras Maria Laene Carvalho, o amostrador de sementes é uma figura extremamente importante dentro do contexto da produção de sementes, pois é com base na amostragem que se consegue retratar as características de um lote de sementes. “Para saber a qualidade de um determinado lote é necessário um procedimento estatístico para representar a amostragem, e a forma correta de realizar esse procedimento é o que estamos ensinando por meio dos conhecimentos aplicados no curso”, disse.
Maria Laiene, também parabenizou a Aprosmat pela iniciativa e pontuou que a região sul de Mato Grosso precisa está capacitada, isso porque a maior parte dos produtores de sementes estão nela. “Essa iniciativa da Aprosmat é brilhante, ou seja, é o que todos deveriam fazer para formar os amostradores de sementes, porque a amostragem é fundamental, e existe uma Lei ser seguida”, destacou.
Para o professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), João Almir de Oliveira o mais importante neste curso é a avaliação da qualidade e não um laboratório sofisticado quem define qualidade, mas sim um bom procedimento de amostragem. “Amostragem de semente é um fator primordial na avaliação da qualidade e no curso passamos toda a parte de como deve ser feito a amostragem correta, qual intensidade e quantidade a ser plantada e qual procedimento correto para se ter uma amostra representativa e homogênea” explicou o professor.
Já o professor doutor Renato Mendes Guimarães, também da UFLA ressaltou a importância da capacitação principalmente para profissionais que lidam com amostras de sementes geneticamente modificada. “Com o uso muito grande dos transgênicos é difícil ter sementes livres desses elementos, mas existe limites para uma quantidade de sementes geneticamente modificadas dentro de um lote. Com isso, o processo de amostragem precisa ser muito bem feito para que a quantidade de sementes geneticamente modificada permitida dentro de um lote seja correta”, frisou.
