AMM elabora projeto para construção da nova arena para a Cavalhada de Poconé

Redação PH

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AMM elabora projeto para construção da nova arena para a Cavalhada de Poconé

A Associação Mato-grossenses dos Municípios, através da Central de Projetos, está elaborando o projeto para construção de uma nova arena para a tradicional Cavalhada de Poconé. A iniciativa partiu da prefeita Meire Adauto, devido à importância cultural da festa para a população da região. A obra será realizada no mesmo local onde o evento é realizado atualmente e deve custar cerca de R$ 10 milhões.

As Cavalhadas são manifestações culturais, de origem portuguesa e acontece anualmente em Poconé. Os preparativos começam cerca de seis meses antes da festa e envolve toda a comunidade. A estimativa dos organizadores é que cerca de 10 mil pessoas participam do evento anualmente.

Na última edição da festa, a prefeita Meire Adauto comemorou o anúncio do governador Pedro Taques, que garantiu a inclusão do projeto no seu plano de governo com recursos oriundos do Programa de Desenvolvimento do Turismo. "A cavalhada é uma das mais belas manifestações culturais do Estado de Mato Grosso. Estamos felizes com a atenção que o governador tem com nossa festa e também com o compromisso em cuidar de Poconé", afirmou. A gestora também destacou que os investimentos reforçarão o potencial turístico do município, que é conhecido como o Portal do Pantanal.

Em fase de detalhamento, o projeto inclui duas arquibancadas com capacidade para cerca de 1300 pessoas, área para as autoridades, banheiros, estacionamento, quiosques, espaço para exposições culturais, guarita, lanchonetes e uma barreira de contenção para a queima do castelo cenográfico. A arquiteta e urbanista da AMM, Roberta Campos, explicou que a planta obedece às normas técnicas de segurança e acessibilidade. Ela também destacou que a estrutura foi pensada de acordo com as demandas da Cavalhada, mas que o espaço poderá ser utilizado em outros eventos do município.

Cavalhada

As mais importantes cavalhadas do Brasil ocorrem em Poconé (MT) e em Pirenópolis (GO). As roupas dos cavaleiros e dos cavalos pantaneiros são bordadas à mão para os participantes fazerem bonito na competição que demora cerca de seis horas. A batalha é composta por dois exércitos: o cristão representado pela cor azul-turquesa e o mouro representado pela cor vermelha. Na encenação, que abre a festa de São Benedito, os cristãos conseguem roubar a rainha moura. Na história, essa luta ocorreu na Idade Média, quando cristãos e mouros disputaram o domínio da fé no continente africano. A guerra se estendeu à Península Ibérica, onde hoje estão Espanha e Portugal.

Data-se a sua realização em Mato Grosso a partir de 1769, em comemoração à chegada de Luiz Pinto de Souza Coutinho, capitão general e terceiro governador da Capital de Mato Grosso. A batalha conta com personagens como a Rainha, o Cavalheiro Cristãos e Mouros, Pajens, Encapuzados, Caixeiro, Máscaras, Guardas do castelo, Auxiliares de pista, Narradores e Locutores. Compõem a cena os castelos, suportes das provas, argolas, arcos, bastões, bandeiras, Judas e fogos de artifício. São usadas também espadas, lanças e revólveres com munição de festim.

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