Alunos de escola pública pintam, dançam e recitam os 300 anos de Cuiabá no Teatro Zulmira

Alunos de escola pública pintam, dançam e recitam os 300 anos de Cuiabá no Teatro Zulmira

Alunos de escola pública pintam, dançam e recitam os 300 anos de Cuiabá no Teatro Zulmira

“Todo mundo tem xa fala, cuiabano também tem. O Brasil é muito grande, mas pra aqui é que eles vêm”. Recitando a canção Falar Cuiabano, de Édina Vilarinho, a aluna do 9º ano da Escola Estadual Dr. Fenelon Müller, Andréa Brandão, abriu as apresentações artísticas promovidas pela escola, resultado de um projeto sobre os 300 anos de Cuiabá, que ocorre nesta quarta-feira (15), no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros.

Exposição de telas fica aberta o dia todo

Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

A escola Dr. Fenelon trouxe ao Teatro Zulmira uma exposição das telas pintadas pelos alunos dos 7º, 8º e 9º anos, produzidas nas aulas de artes, uma apresentação de dança que misturou rasqueado cuiabano, siriri e balé, e uma intervenção de humor do professor Rodrigo, de História. Ainda nesta quarta (15), às 15h, haverá nova programação cultural dentro do teatro, com os alunos do turno vespertino, com entrada franca.

Os alunos misturaram rasqueado, siriri e balé

Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

A vernissagem segue aberta ao público o dia todo, no foyer do teatro, e as 50 telas pintadas com a técnica ‘lápis de cor sobre papel’ estão disponíveis para venda. Toda a renda arrecadada será revertida para a compra de materiais para as aulas de artes.

Tais apresentações culturais já foram executadas na unidade escolar, mas o objetivo do evento de hoje, para a professora de artes Daniela Cunha Crescêncio – a Dani Xu, uma das idealizadoras do projeto, é levar a produção dos alunos para além dos muros da escola, apresentar um espaço cultural aos estudantes – boa parte jamais tinha visitado um teatro – e mostrar a eles que eles também podem ser artistas, se quiserem. “Este palco é sagrado, já estiveram aqui cantores como Daniel, Nando Reis. E hoje são vocês. Vocês podem alcançar todos os sonhos, basta querer”, incentiva Dani Xu, na abertura do evento.

Professor Rodrigo e o falar cuiabano

Foto: FABLICIO RODRIGUES / ALMT

Para garantir a vivência, a Assembleia Social (antiga Sala da Mulher – braço social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso) viabilizou um ônibus para o matutino e outro para o vespertino, trazendo da Escola Dr. Fenelon alunos e professores.

O Projeto Flor de Maracujá promoveu debates sobre os 300 anos de Cuiabá, que resultaram nas pinturas expostas, produzidas nas aulas de artes, e nas apresentações de dança, comandadas pela professora Maricelma (matutino) e Natália (vespertino).

O grande destaque da vernissagem é a aluna Thaylla Karoliny Ferreira da Silva, de 14 anos, que desenhou boa parte das telas. “Eu trouxe araras, tucanos, igrejas, frutas, flores”, fazendo referência aos elementos da cuiabania que retratou, mas não só isso. Thaylla extrapolou a temática do projeto, pintou também em casa “quase todos os dias” e teve obras diversas escolhidas pela professora. “Eu gosto de desenhar super heróis, mitologia grega, rostos humanos. Porque eu gosto de ver a expressão das pessoas, cada linha do rosto delas”, exprime.

Além de convidar o público para a exposição de hoje, Daniella Paula Oliveira, diretora do Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros e Assembleia Social, destaca a importância de as escolas promoverem eventos neste espaço. “Nossa diretriz é promover Educação e Cultura, ocupar de forma engrandecedora este lugar, que é público, que é da sociedade. Esta não é a primeira escola que recebemos e estamos de portas abertas para novas parcerias. Queremos mesmo é seguir vendo os olhinhos dos estudantes brilhando ao visitar este ambiente grandioso – em tamanho, em beleza e em propósito”, conclui.

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