Aluna dá show de solidariedade ao ajudar colega cadeirante em apresentação escolar

Aluna dá show de solidariedade ao ajudar colega cadeirante em apresentação escolar

Aluna dá show de solidariedade ao ajudar colega cadeirante em apresentação escolar

Em apresentação de Dia das Mães na Escola Cora Coralina, em Porto Velho, mães e pais, alunos e amigos presenciaram um show de solidariedade entre duas colegas. Maria Clara, de apenas 3 anos, “mostrou” a todos como é possível fazer alguém feliz por meio de atitudes simples. Durante a apresentação, a estudante se preocupou em ajudar o tempo todo sua colega Maria Clara Diulia, também com 3 anos, a dançar. Diulia precisa usar cadeira de rodas por conta de uma paralisia cerebral.

Mãe de Maria Clara, Rayane Oliveira, 22 anos, lembra o quanto ficou emocionada enquanto testemunhava o momento por saber que sua filha assimilou os ensinamentos sobre cuidado e respeito. “Até pouco tempo, eu não sabia nada sobre sua amiga, mas minha filha sempre comentava sobre ela com muito carinho. Quando a conheci, me preocupei em conversar com a Maria sobre os cuidados que ela precisava ter com a Diulia”, conta.

No dia da apresentação, Rayane viu de perto a preocupação da filha com a amiga. “Logo quando cheguei, fiquei até preocupada. Mas não demorou muito para eu perceber o quanto aquele momento era importante para as duas”, pontua. Outra pessoa a se emocionar foi a mãe da Maria Clara Diulia, Priscila, de 24 anos. “A minha filha é muito querida na escola. Sem dúvida, me emocionei com aquele momento e fiquei ainda mais feliz quando vi que ela poderia fazer sozinha”.

Apesar das limitações da filha, Priscila busca tratá-la como uma criança normal e – como toda mãe – sonha que, no futuro, ela possa seguir os seus próprios passos. “Faço questão de mantê-la na escola e é gratificante. É nítido o desenvolvimento dela. As professoras tratam ela normalmente, tudo que as outras crianças fazem, ela faz também”, assegura.

Hoje, Priscila se dedica totalmente aos cuidados com Diulia e respeita bastante o seu tempo e desenvolvimento. “Tem dias que ela não quer ir para a escola, eu entendo, mas não deixo de incentivar”. Ao falar da escola, a mãe afirma sentir gratidão. “Já recebi não de algumas instituições, mas na Cora Coralina foi diferente. Eles falaram das suas deficiências, mas me disseram que já receberam crianças com a mesma dificuldade da Diulia e nos aceitaram. Fui abraçada”.

Inclusão

A Escola Cora Coralina trabalha com educação básica e recebe alunos até o 9ª ano. Segundo a instituição, além da Maria Clara Diulia, eles também já abraçaram crianças com outras limitações. “Aqui a inclusão é trabalhada com a socialização. Todos ficam juntos e são tratados da mesma forma, claro, que dentro das suas possibilidades”, declara o gestor da escola.

Ao falar sobre a repercussão do vídeo postado nas redes sociais de Rayane, mãe da Maria Clara, professores e funcionários ficaram felizes mas enfatizam que lá a aceitação das diferenças é visto como algo natural. “O vídeo não nos surpreendeu tanto porque atitudes como essa acontecem todos os dias dentro da instituição. Observamos que as crianças percebem a necessidade dos colegas e, a partir disso, passam a ter muito cuidado e respeito uns com os outros”.

A escola é tão preocupada com a inclusão que também abraçou uma parceria com o Educa Mais Brasil, programa educacional que oferta de bolsas de estudos para várias modalidades de ensino. Com 15 anos de atuação no mercado, o programa de bolsas já beneficiou mais de 1 milhão de estudantes em todo Brasil. Quem conta uma bolsa de 50%, é a pequena Maria Clara. De acordo com Rayane, o custo de vida em Porto Velho é bem alto e a bolsa se tornou essencial para equilibrar as despesas da casa.

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