”Alta de preços nos supermercados por causa da greve de caminhoneiros é prática irregular”, alerta Procon

”Alta de preços nos supermercados por causa da greve de caminhoneiros é prática irregular”, alerta Procon

Com os caminhoneiros parados nas estradas, o desabastecimento do setor alimentício é inevitável. A paralisação, que já dura cinco dias, provocou baixa nos estoques de diversas mercadorias. Alarmadas, as pessoas correm às compras na busca de fazer reserva de comida e se prevenir de uma possível falta dos produtos. Com isso, os supermercados têm elevado os preços dos alimentos de um dia para o outro.

Porém, segundo a coordenadora do Procon de Rondonópolis, Marildes Ferreira, o prejuízo no abastecimento não justifica o aumento dos valores cobrados. “Ontem, verificamos falta de mercadorias em diversos supermercados de grande porte da cidade e aumento dos preços.

Essa situação chegou a nós por meio de denúncias de vários consumidores”, relata Marildes e continua: “Isso não pode ocorrer, porque, em um momento excepcional como o que estamos vivendo por conta da greve dos caminhoneiros, essa atitude configura lesão ao consumidor”. De acordo com ela, até agora, oito supermercados foram autuados pela prática infrativa.

A coordenadora assegura que os trabalhos serão intensificados até que o movimento grevista acabe e tudo seja resolvido. Ela explica que o acréscimo nos preços só seria aceitável se os comerciantes estivessem recebendo produtos das fábricas com valores elevados. “Mas não há mercadoria nova chegando”, pontua.

E esclarece: “O Procon jamais iria aconselhar o consumidor a não ir ao supermercado. Além disso, o Procon não tem autonomia para interferir no preço da mercadoria, mas tem autonomia para fiscalizar preços abusivos, que são caracterizados por uma alteração brusca e exorbitante em uma situação que não é corriqueira”.

Marildes recomenda que os consumidores observem se houve alta repentina nos valores dos produtos e denunciem. Há duas formas de denunciar. O consumidor pode, ao constatar a infração, ligar, do supermercado mesmo, para o Procon, que o órgão irá enviar imediatamente uma equipe de plantão ao estabelecimento para realizar a fiscalização. Os telefones para denúncia são 3411-5295, 3411-5297 e 9 9910-0647.

Também é possível formalizar a denúncia presencialmente, o que pode ser feito não apenas no momento da compra, mas posteriormente. Basta que o cidadão abra uma reclamação no Procon. Para isso, é preciso apresentar a nota fiscal de pagamento da mercadoria e xérox de RG, CPF e comprovante de residência.

Assim, o Procon poderá solicitar ao supermercado a nota de entrada, que é aquela que comprova o preço de aquisição do produto pago à indústria  e a nota de venda ao consumidor e, então, fazer um comparativo. Havendo divergência de valores o Procon fará a devida autuação e o comprador recebe em dobro pelo preço inadequado que foi cobrado.

O Procon fica na Rua Rio Branco, Jardim Guanabara (abaixo do Fórum). O atendimento à população ocorre de segunda a sexta-feira, das 12h às 18 horas.

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