Os 39 cargos de ministros foram insuficientes para saciar o apetite da base aliada em troca de apoio à presidente Dilma Rousseff no segundo mandato. PMDB, PP, Pros, PR e PT já preparam a lista de indicados para assumir as empresas públicas.
Dilma retorna nesta terça-feira da Bahia e começará a ouvir os pedidos. O segundo escalão é visto como o “prêmio de consolação” do governo, mas tem o bônus de dar às legendas controle sobre orçamentos milionários e atuar em áreas de forte influência política.
O PMDB entrou em rota de colisão com a presidente apesar de ter ampliado a participação para seis ministérios. A legenda briga para fazer indicações na Embratur, pela visibilidade que terá com as Olimpíadas de 2016. O Pros aprovou Cid Gomes como ministro da Educação, mas luta para manter a direção da Sudene.
O PP deixou o poderoso Ministério das Cidades para o PSD de Gilberto Kassab e foi deslocado para a Integração Nacional. O PR, que levou os Transportes, quer voltar a comandar o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
O PT perdeu três ministros — de 16 para 13 — e quer mais espaço. O partido luta por Eletronorte e Funasa.