Em momento delicado por conta da pandemia, o Brasil enfrenta dura crise econômica e sanitária. Além dos mais de 100 mil mortos pelo coronavírus, o país registra altos índices de desemprego, que pioraram com os cortes causados pelas medidas de isolamento social.

No meio desses dois grandes problemas, porém, especialistas alertam para outro fator: a educação. Segundo Luis Vabo Júnior, por exemplo, a crise neste setor é que resulta em todas as outras, sobretudo na social – o Brasil segue como um dos países mais desiguais do mundo.

CEO do Além da Facul, professor da Link School of Business e do Insper, fundador da Vabo23 Educação e Empreendedor Endeavor, ele lista alguns dos problemas do segmento e como é possível contribuir para a mudança desse cenário.

“Nossa base educacional tem vícios prejudiciais. O foco muitas vezes é na parte teórica, sem aplicação prática. Há uma clara lógica “decoreba” para entrar em faculdades. Boa parte das aulas são chatas e não geram engajamento dos alunos. Enfim, precisamos mudar esse cenário, mesmo que aos poucos”, analisou.

“Um dos caminhos que encontrei foi a Link School of Business, que foge da formação teórica repetitiva e foca na formação de empreendedores. Isso impacta diretamente na economia do país e desenvolvimento social do povo”, completou.

O especialista também destaca alguns dados preocupantes da educação nacional. Embora tenhamos acesso para a maioria das crianças, falta qualidade e boa parte delas fica pelo caminho na formação acadêmica.

“98% das crianças está na escola, mas temos que dar atenção a qualidade, não só a quantidade. É preciso um trabalho de base para entender porque apenas 50% das crianças que entram no ensino fundamental se formam no ensino médio. A qualidade faz muita diferença nisso. Mudanças são necessárias”, finalizou.