AL é parceira em evento pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Redação PH

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"não votarei a favor de aumento de impostos enquanto o governo e o próprio senado não cortarem gastos"

AL é parceira em evento pelo Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Hoje, 21 de setembro, é o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Para marcar a data, foi realizada a Primeira Mostra de Cultura & Arte Inclusiva de Cuiabá – Talentos Eficientes. O evento contou com a parceria da Assembleia Legislativa e trouxe diversas apresentações à Praça Alencastro na manhã dessa segunda-feira. Entre elas, músicas e danças regionais, exposições de pinturas, artesanatos e culinárias, além de massoterapia e orientações de saúde.

Representando a Sala da Mulher da ALMT, Isaura Ribeiro destacou a importância de mostrar à sociedade e aos governantes a inclusão social e acessibilidade a partir de uma política de conscientização. “A Sala da Mulher vem com uma nova política, que é a de apoiar os trabalhos já existentes e que são muito bem desenvolvidos por essas entidades comprometidas aqui representadas”.

Para Isaura, a educação é primordial, principalmente para realizar a inclusão social, seja nas escolas ou no mercado do trabalho. “A luta é por respeito. Respeito para que não estacionem nas vagas exclusivas aos deficientes, que seja garantida a acessibilidade e todos os direitos dessas pessoas”, afirmou.

Hoje com 39 anos, Luciano Siqueira começou a perder a visão aos 10, por causa de um descolamento de retina e aos 13 anos já não enxergava mais nada. Hoje, ele atua como massoterapeuta e é jogador de futsal de cinco, exclusivo para cegos ou deficientes visuais.

“Não foi fácil, mas tive o apoio da minha família e amigos.O dia de hoje é muito especial e tem um ditado que diz que para cair tem que estar em pé, igual uma árvore”, falou sobre como enfrentar os problemas no dia a dia.

O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPD), Antônio Amaral, disse que o evento promove algo inovador à sociedade quando dispõe da metodologia aplicada nas entidades participantes às pessoas com deficiência. O dirigente destaca que ainda há muito preconceito para ser derrubado.

“Falta educação, não há acessibilidade, não existe respeito. A mobilidade urbana para as pessoas com deficiência também é precária, porque Cuiabá não foi planejada. Mas acredito que tudo começa pela educação, porque só ela supera qualquer barreira”.

Já o secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá, Thiago França, destacou que a acessibilidade é uma pauta questionada em nível nacional. “Cuiabá é uma cidade quase tricentenária que cresceu sem nenhuma organização. É um direito que garante a acessibilidade urbana. Estamos cobrando a questão de plataformas elevatórias no transporte coletivo, fiscalizando o uso irregular de vagas exclusivas para pessoas com deficiência, além de lançarmos uma cartilha”, pontuou.

Pelo Ministério Público do Estado (MPE), o procurador de Justiça Luiz Alberto Esteves Scaloppe falou da importância da acessibilidade às pessoas com deficiência, não somente nos transportes públicos, mas em atendimento telefônico, médico ou acesso a prédios públicos. “Essa data é importante para a sociedade em geral lembrar que todo dia é dia de lutar. Lutar pela manutenção dos direitos adquiridos com a Constituição de 88, bem como pela sua efetivação”.

O evento foi organizado pelo CMDPD com a participação da Associação Mato-grossense de Deficientes (AMDE) e o apoio de diversas instituições e de empresas da iniciativa privada, bem como do poder público. A Energisa, por exemplo, levou para a praça um caminhão com elevador, permitindo a subida de cadeirantes, e palestrou sobre o uso racional de energia elétrica.

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