Aguapés são alvo de pesquisadores na região pantaneira em Mato Grosso

Redação PH

Redação PH

consumo das festas de final de ano aumentam a produção de resíduos na capital

Aguapés são alvo de pesquisadores na região pantaneira em Mato Grosso

Na região de Cáceres, a 225 km de Cuiabá, pesquisadores estão estudando os aguapés, plantas aquáticas. O objetivo da pesquisa é saber se essas plantas contribuem para a emissão de gases do efeito estufa. A pesquisa deverá levar um ano para ser concluída. O biólogo Ernandes Oliveira, que está participando do estudo, explicou a importante da planta. “O aguapé tem função importante para o ecossistema. Determinadas espécies servem como um berçário, vários peixes se reproduzem, se alimentam embaixo desses estandes de aguapé”,explica

O foco dos pesquisadores é o aguapé livre e flutuante. “Nós podemos aqui [Rio Paraguai] ver um grande banco de aguapé, é flutuante fixa, e também temos as livres, que são os maiores problemas ambientais do planeta. É considerada a maior praga, erva daninha do mundo, entope barragens, acaba com o lazer da população”, conta.

Quando se encontra um aguapé livre, os pesquisadores usam um aparelho para medir os gases. O resultado sai na tela do computador e o mesmo vai ser feito em ambientes artificiais, como os reservatórios de hidrelétricas. “Quando o aparelho foi ligado, a concentração de metano era 1,74 e, agora, a concentração pulou para 2, o que indica que a emissão do gás do efeito estufa existe em relação a esse ambiente”, disse o biólogo. Ele explica que dependendo do ambiente se consegue ver maiores produções de gases de efeito estufa.

A pesquisa tem o apoio de uma Universidade Holandesa. São duas hipóteses: a primeira é que os aguapés retêm os gases que provocam o efeito estufa e, a segunda, que os mesmos gases são devolvidos para a atmosfera em determinadas épocas do ano.

O que os pesquisadores acreditam é que o aguapé funciona como um bolsão que retém os gases, porém com a cheia, o aguapé desce conforme o rio e os gases são liberados para a atmosfera. “Em janeiro a gente desceu o Rio Paraguai fazendo amostragens, quando a gente analisa os gases dentro do estande do aguapé, temos uma menor quantidade de liberação de gases para a atmosfera, em relação ao que a gente encontra no rio”, explica o biólogo

O trabalho é importante para que os pesquisadores saibam se o bioma está ou não em equilíbrio. O primeiro passo para que a preservação continue é não interferir. “O pantanal tem um equilíbrio, mas se o homem começa a interferir bastante no ambiente, a gente entra em desequilíbrio. O pantanal é bastante sensível, então qualquer mudança que a gente faça nele, ele vai responder rápido, como é o caso da sedimentação”, frisou.

+ Acessados

Veja Também