Agronegócio de MT é apresentado ao senador Álvaro Dias

Agronegócio de MT é apresentado ao senador Álvaro Dias

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) recebeu a visita do senador e pré-candidato à Presidência da República, Álvaro Fernandes Dias, acompanhado dos senadores José Medeiros e Wellington Fagundes.

O presidenciável, que pela segunda vez se reúne com o setor produtivo rural do estado, conheceu durante a estadia na Famato a principal vocação do estado, o agronegócio. Os dados apresentados foram levantados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), membro do Sistema Famato.

Na palestra da analista do Observatório de Investimentos do Imea, Tainá Heinzmann, o enfoque maior foi para as oportunidades de crescimento, nas perspectivas de médio e longo prazo e a logística. Os números do mercado mundial também foram apresentados.

“Mato Grosso é o estado celeiro do país e merece ser colocado como prioridade. Então, nós vamos ouvir os produtores rurais e vamos falar dos nossos planos, sonhos e nossas esperanças de mudanças para o agronegócio brasileiro. Estamos lançando uma semente que deve germinar e produzir bons frutos. E nós contamos muito com esse solo fértil aqui de Mato Grosso. O agronegócio exige muito mais que uma política de governo, exige uma política de estado diante de sua importância para o Brasil e para o mundo. Nós temos que produzir muito mais do que estamos produzindo para alimentar a população mundial”, disse Álvaro Dias.

Para o senador, o setor agropecuário precisa superar as dificuldades de logística, infraestrutura, armazenagem, custo de produção elevado, política tributária, juros elevados e outros fatores que travam o desenvolvimento.

“Políticas públicas e as demais atividades que fomentem a logística no estado são de suma importância para que os dados e as projeções de crescimento se consolidem em Mato Grosso”, afirmou o presidente do Sistema Famato, Normando Corral.

Segundo analista do Imea Tainá, o Brasil é o primeiro no ranking mundial de produção de cana-de-açúcar, suco de laranja e café. O segundo maior produtor mundial de carne bovina, soja e ave. Se destaca também no mercado de milho, suínos, óleo de soja, algodão e leite.

As commodities da agropecuária representam no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pouco mais de 20% e a cada ano o agronegócio vem se consolidando no país.

Em Mato Grosso não é diferente, é o estado que mais produz grãos. É o maior produtor de carne bovina, soja, milho, algodão e girassol do país. Em duas décadas, a produção de grãos mais que quadruplicou e as perspectivas para os próximos anos é que isso continue acontecendo.

A representatividade do segmento no PIB de Mato Grosso já ultrapassa a casa dos 50%, ou seja, na economia do estado mais de 50% vem do agronegócio. “Isso demonstra que qualquer gargalo que interfira no bom desenvolvimento do agronegócio afeta toda a economia do estado”, pontuou Tainá.

Em relação à competitividade na logística, o estado acaba sendo prejudicado se comparado a outros grandes países exportadores de grãos. “Quando olhamos o custo da tonelada exportada de grãos de Mato Grosso até a China, ficamos atrás de outros grandes competidores que é a Argentina e os Estados Unidos.

O frete que em Mato Grosso, atualmente, é próximo a 132 dólares por tonelada é mais que o dobro dos Estados Unidos, refletindo diretamente sobre a nossa competitividade no mercado internacional”, demonstrou Tainá.

Um dado interessante apresentado é que 45% do modal de transporte de cargas dos Estados Unidos são hidrovias e 45% ferrovias. São considerados transportes mais baratos, mais competitivos para escoar, enquanto que o rodoviário representa apenas 10%.

No Brasil é 60% da malha rodoviária para o transporte de cargas, 30% de ferrovia e apenas 10% de hidrovia. “Quando trazemos para Mato Grosso os dados são bastante semelhantes, apesar de termos somente uma ferrovia, de Rondonópolis até Santos, ela representa mais ou menos 40% do que escoamos de grãos no Estado e outros 60% sai de Mato Grosso por rodovias”, disse.

Conforme a Confederação Nacional do Transporte, de todas as rodovias de Mato Grosso somente 20% são pavimentadas, sendo mais da metade da produção escoada por rodovias. “Com certeza isso traz reflexos na nossa competitividade”, apontou Tainá.

Também participaram da reunião representantes da Aprosoja, Acrimat e outras lideranças do setor produtivo. O livro Tons de Verde, escrito por Evaristo de Miranda, foi entregue aos senadores.

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