Agregação de valor à renda familiar é a maior demanda para o Sindicato Rural de Araputanga

Redação PH

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agregação de valor à renda familiar é a maior demanda para o sindicato rural de araputanga

Agregação de valor à renda familiar é a maior demanda para o Sindicato Rural de Araputanga

Reserva do Cabaçal, Indiavaí, Figueirópolis, e Jauru são os municípios atendidos pelo Sindicato Rural de Araputanga, município localizado a cerca de 400 quilômetros de Cuiabá. A região tem como base da economia a pecuária de corte e de leite e a maioria dos produtores rurais tem pequenas e médias propriedades. Além dos cinco municípios, a região tem pelo menos cinco comunidades rurais com mais de 500 pessoas vivendo em cada uma delas.

Em 2017, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (SENAR-MT), em parceria com o Sindicato realizou mais de 80 treinamentos em toda a região. Para 2018 já são mais de 50 previstos. A presidente do Sindicato Rural de Araputanga, Maria das Dores de Souza, de 48 anos, popularmente conhecida como Dorinha, conta que a carência de mão de obra está entre as principais dificuldades enfrentadas pela população. "Os treinamentos mais demandados são aqueles relacionados com a cadeia produtiva da bovinocultura".

Dorinha conta que beneficiamento de alimentos, desossa de frango e vários outros que podem ajudar a agregar valor à renda familiar estão entre os treinamentos mais demandados. A presidente conta ainda que conhece várias famílias que estão sobrevivendo da venda dos produtos que aprenderam a fazer nos treinamentos ofertados pelo SENAR-MT.

Segundo ela, além da logística que é uma das principais dificuldades enfrentadas pelos produtores da região, há também a falta de informação, de conhecimento e, de mão de obra qualificada. "Os pequenos têm que deixar todo o trabalho pronto na propriedade para poder sair e se capacitar. Essa é uma tarefa difícil. Um dos desafios da minha gestão que vai até 2020 é levar os treinamentos até estas pequenas comunidades rurais".

Outro desafio para Dorinha é promover a união e o fortalecimento dos produtores de sua região. "Quero estar cada vez mais perto deles para ouvir seus problemas e buscar soluções. Afinal, esse é o nosso papel enquanto presidente de Sindicato".

Além da formação profissional rural, Dorinha diz que ainda, este ano, pretende ampliar a parceria com o SENAR-MT na área social. "Temos a equoterapia que nos auxilia muito e também já realizamos um Mutirão Rural, na comunidade das Botas, a cerca de 50 quilômetros de Araputanga, mas queremos mais Mutirões Rurais".

Ela diz que levar serviços médicos e de confecção de documentos para uma comunidade num só dia é a solução dos problemas de muitas famílias. "Muitos não têm transporte para ir até a cidade e se consultar com um médico. Quando conseguimos o transporte, a pessoa só vai ao médico. Não dá tempo de fazer duas ou três outras coisas no mesmo dia porque eles precisam voltar para casa e cuidar das criações e dos afazeres da propriedade".

O pequeno produtor Antônio Alves de Castro, de 56 anos, é um dos casos citados pela presidente. Ele conta que não tem como ir à cidade e aproveitou o Mutirão Rural para fazer exame de vista. Ele levou a esposa e as três filhas que também puderam fazer vários exames, receber orientações sobre a saúde da mulher e ainda tirar segunda via dos documentos. "Aproveitamos para cortar o cabelo e ainda encontrar os vizinhos e amigos. Afinal a correria é tão grande que não dá tempo para nada. O Mutirão Rural além de ser a oportunidade de cuidarmos um pouco de nós mesmos, também é a hora que temos para conversar um pouco com os amigos".

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