O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reforçou que continua trabalhando para garantir a aprovação das reformas econômicas no Congresso Nacional. Em evento promovido pela Associação Brasileira de Desenvolvimento e Indústria de Base (ABDIB), na terça-feira (23), o ministro ressaltou que a agenda de mudanças não será interrompida.
Atualmente, a reforma da Previdência Social, que prevê a adoção de uma idade mínima de 65 anos para homens e de 62 para mulheres acessarem ao benefício, está aguardando análise do plenário da Câmara dos Deputados. Ela é considerada essencial para que as contas públicas não entrem em colapso nos próximos anos.
Ao mesmo tempo, o relatório da modernização da legislação trabalhista está perto de ser votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ele prevê a adaptação de pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) à nova realidade do mercado de trabalho e, principalmente, a prevalência dos acordos coletivos sobre a legislação.
Durante a apresentação, Meirelles defendeu a reforma da Previdência e rebateu argumentos de que ela irá ampliar a desigualdade entre os brasileiros. Segundo ele, grande parte da população de menor renda já se aposenta por idade, já que aqueles mais bem posicionados no mercado de trabalho conseguem se aposentar mais cedo pelas regras atuais.
Meirelles disse, ainda, que a taxa básica de juros, a Selic, será beneficiada caso os gastos públicos diminuam, assim como o Produto Interno Bruto (PIB), que deverá crescer mais diante disso. Com a aprovação das reformas, a projeção para o crescimento da economia até 2027 é de alta de 3,7%.
