Adolescente que caiu de ultraleve tentou manobra arriscada, diz polícia

Redação PH

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Adolescente que caiu de ultraleve tentou manobra arriscada, diz polícia

A Polícia Civil e o Seripa investigam o que causou a queda de um trike ultraleve (tipo de asa delta com triciclo motorizado) na manhã de segunda-feira (2), em Mirassol (SP). Com a queda, o adolescente Marlon Git Viana, de 17 anos, morreu. O enterro dele foi na tarde desta desta terça-feira (3), no cemitério de Mirassol.

Adolescente morreu após cair de ultraleve
(Foto: Reprodução/TV TEM)

De acordo com o delegado Jairo Benett, moradores que viram o acidente disseram que o adolescente tentou uma manobra arriscada. "Testemunhas que presenciaram a queda da aeronave disseram que a vítima foi desenvolver manobras de aterrisagem com o equipamento e acabou perdendo o controle. Com isso, as asas se desprenderam e o ultraleve começou a perder altitude, o que ocasionou uma queda brusca”, diz.

Segundo a polícia, Marlon e um amigo, Eli Emerson da Silva Sparapani, de 26 anos, foram juntos ao aeroclube de Mirassol, por volta das 6h de segunda-feira. Os dois decolaram no aparelho. Quando atingiram a altura desejada, o amigo saltou de paraquedas, enquanto Marlon continuou o voo até a asa se soltar, provocando a queda.

Uma mulher disse à polícia ter visto o ultraleve girando no ar e, em seguida, a asa se desprendendo do triciclo.

A polícia apurou que o adolescente pegou o ultraleve escondido do pai, que tinha ido passar o fim de semana prolongado em uma chácara.

Pessoas que moram perto do aeroclube dizem que ouviram o barulho da queda. A artesã Rosangela Monteiro conta que ficou bastante assustada. "A gente saiu correndo para ver e, logo em seguida, já chegou o resgate. Ficamos bastante assustados. Um menino muito novo", lamenta.

Peritos foram até o terreno baldio onde a asa caiu. Depois, estiveram no pátio de uma fábrica de móveis, onde foi parar o restante do ultraleve. Segundo a polícia, a aeronave era experimental e não tinha registro. Ela ficava guardada no aeroclube da cidade e pertencia ao pai de Marlon.

O microempresário Anísio Lopes de Oliveira, que é amigo da família de Marlon, disse que faltou um pouco de conhecimento do perigo. "O Marlon sabia o que fazia, mas não tinha consciência do perigo que tinha o ultraleve. Acabou fazendo uma manobra que acabou custando a vida dele."

Os laudos do Seripa devem ser entregues em 30 dias para a Polícia Civil. O acidente foi registrado como homicídio culposo. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), nenhum menor de 18 anos pode ter licença para pilotar e para transportar paraquedistas é preciso uma autorização especial. A Polícia Civil e a aeronáutica vão atrás dessa documentação.

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