Abre a temporada de vacinação do rebanho contra a aftosa e com regras novas

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Antonio Araujo/Mapa

Abre a temporada de vacinação do rebanho contra a aftosa e com regras novas

Já estão disponíveis no comércio especializado, agropecuárias, as doses da vacina contra a febre aftosa para a realização da terceira etapa do ano para imunizar bovinos e bubalinos de zero a 24 meses de idade.

O pecuarista com qualquer quantidade de animais na propriedade precisa ficar atento aos prazos. “Na região de firme o rebanho de até dois anos precisa ser vacinado entre 1º a 30 de novembro e a comunicação ao Indea já pode ser de 1º de novembro em diante e termina em 10 de dezembro. Lembrando que as datas e regras são diferente no baixo pantanal, onde o gado de mamando a caducando precisa ser vacinado e o prazo de vacinação e comunicação começa no dia 1º de novembro e vai até o dia 16 de dezembro. Outra recomendação é que o pecuarista que for transportar o gado da região de firme para o pantanal, siga as regras do baixo pantanal para garantir, inclusive, a emissão da Guia de Transporte Animal -GTA”, alerta o fiscal agropecuário do Indea de Rondonópolis, Estevão Galhego.

A dose deve ser aplicada na tábua do pescoço do animal e como houve alterações na fórmula, a quantidade a ser aplicada é de dois ml. “Os frascos disponíveis no mercado são de 15 e 50 doses e por isso lembramos aos pequenos produtores que a compra e a aplicação podem ser partilhadas com o vizinho, mas, essa comunicação deve constar no verso da Nota Fiscal, com o número de doses e o nome do proprietário que usou a medicação; só assim o Indea terá controle de vacinação de todo o rebanho e o produtor estará cadastrado e com o dever cumprido e liberação do gado para transporte e abate”, diz Estevão, que alerta ainda que para retirar a GTA e movimentar o rebanho existem regras específicas de acordo com a idade de cada animal. “De zero a quatro meses é de 15 dias após a vacina; de cinco a 12 meses o prazo é de sete dias após a vacina e de 13 a 24 meses pode ser movimentado no mesmo dia em que foi aplicada a vacina”.

Em Mato Grosso há 23 anos não são registrados casos de febre aftosa no rebanho bovino ou bubalino e a recomendação do Indea é manter os índices de vacinação que ano a ano têm atingido 100%. “Nosso rebanho de zero a 24 meses é em torno de 177 mil cabeças distribuídas em 1.835 propriedades rurais e na última campanha passamos dos 99,85% de cobertura. Nossa preocupação em divulgar e cobrar a vacinação é para manter a sanidade animal que garante também o mercado da carne aqui no Brasil e para exportação”, explica o fiscal agropecuário do Indea.

Para o diretor técnico da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Francisco Manzi, o Estado mantém a assiduidade quanto à vacinação. “Graças ao trabalho árduo dos pecuaristas de Mato Grosso, que são responsáveis por comprar, transportar, conservar aplicar corretamente e comunicar a vacina ao Indea, é que há mais de duas décadas estamos livres dessa doença. Estamos caminhando para a retirada da vacinação mas para que isso aconteça é fundamental que o produtor continue fazendo a sua parte. Aproveite para vacinar todas as bezerras de 3 a 8 meses contra brucelose que também é obrigatória”.

As campanhas de vacinação já começaram e o Sindicato dos Produtores Rurais de Rondonópolis se comunica diretamente com seus associados. “Nossos associados são conscientes e fazem questão de manter os índices de vacinação e de sanidade animal. Por isso o associado ao Sindicato Rural recebe comunicação e alertas a cada campanha e tem respondido com a presteza em vacinar o rebanho. Usamos nossas redes sociais, nosso site e a comunicação direta na sede do Sindicato para propagar a necessidade de vacinar o rebanho. O que depender dos

nossos associados a vacinação vai alcançar 100%, mais uma vez”, diz o presidente do Sindicato, Aylon Arruda.

Saldo temporário

O Indea recomenda ao pecuarista que está com abate do gado agendado até o dia 30 de janeiro de 2020, que optar por não vacinar os animais, que deverá oficializar junto ao órgão a documentação.

“Alertamos que o produtor rural faça a comunicação dentro do período de vacinação – de 1º a 30 de novembro sinalizando a opção de ‘saldo temporário’ para que na hora de recolher a Guia de Transporte Animal não tenha problemas”, finaliza Estevão Galhego.

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