88 casos de leishmaniose em humanos são registrados nos últimos 4 anos em MT

Mosquito-palha costuma ser o transmissor do protozoário da leishmaniose em áreas urbanas — Foto: James Gathany/CDC

88 casos de leishmaniose em humanos são registrados nos últimos 4 anos em MT

Oitenta e oito casos de leishmaniose em humanos foram registrados em Mato Grosso nos últimos quatro anos. Segundo dados da Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES-MT), foram seis casos em 2018, 14 em 2017, 32 em 2016 e 36 em 2015.

O município com mais casos registrados é Rondonópolis: a secretaria contabilizou 52 casos nos últimos quatro anos.

Outros sete municípios tiveram registro: Barra do Garças, Confresa, Novo São Joaquim, Pedra Preta, Peixoto de Azevedo, Poxoréu e Tapurah.

A secretaria informou que não há registros de leishmaniose em humanos neste ano no estado.

De acordo com a SES-MT, também foram examinados quase 5 mil cães em 2018 em Mato Grosso. Desse total foram identificados mais de 1,3 mil animais com leishmaniose, o que correspondeu a 28% das amostras.

Do total de amostras colhidas 86% foram colhidas de Rondonópolis. A SES-MT ressalta que o município de Rondonópolis é classificado como de ‘transmissão intensa’.

O que é Leishmaniose Visceral

A Leishmaniose Visceral é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

Se não tratada, pode levar a morte em 90% dos casos.

Transmissão

Segundo o Ministério da Saúde, no ambiente urbano, os cães são a principal fonte de infecção para o vetor.

A transmissão acontece quando fêmeas dos mosquitos conhecidos como mosquito-palha picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi.

Tratamento

O tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde. Os medicamentos utilizados atualmente no Brasil não eliminam por completo o parasita nas pessoas e nos cães. No entanto, o homem não tem importância como reservatório da doença.

Já nos cães, o tratamento resolve os sintomas clínicos, mas os animais continuam como fonte de infecção. Por isso, a eutanásia é recomendada de forma integrada com os tratamentos recomendados pelo Ministério da Saúde.

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